Em Santos e São Sebastião, Sindipetro-LP realiza "Dia Nacional da Gasolina sem PPI", nesta quinta-feira (25)

R$4,40 o litro

Nesta quinta-feira (25) o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista irá promover o "Dia Nacional da Gasolina sem PPI". A ação, encabeçada pela Federação Nacional dos Petroleiros e pelo Observatório Social da Petrobrás, irá fornecer gasolina a R$ 4,40 por litro. A ação acontecerá de Norte a sul do país, em Rio de Janeiro (RJ), Manaus (AM), Aracaju (SE), Maceió (AL), Santos, Caraguatatuba e São José dos Campos (SP).

No total serão disponibilizados seis mil litros do combustível para venda em Santos e Caraguatatuba (três mil por região), para motoboys entregadores de aplicativos e limitado a 9 litros por moto. O Cadastro para fornecimento dos cupons acontece a partir das 9h na sede, em Santos, situada à Av. Conselheiro Nébias, 248 – Vila Mathias. Vale destacar que só serão aceitos pagamentos em espécie ou Pix. Após aquisição dos vales, os participantes irão abastecer as motos no Super Posto Constituição (Rua da Constituição, 454 – Vila Mathias). 

No Litoral Norte, em Caraguatatuba, o cadastro para fornecimento dos cupons acontece a partir das 9h em uma tenda ao lado do Auto Posto Britânia (Rua Álvaro Theodoro da Cruz n° 415 - Jardim Britânia – Caraguatatuba, onde os motoboys poderão abastecer a R$4,40.

O pagamento deve ser feito no posto de combustível, com a apresentação dos cupons, que serão limitados a 9 litros por moto. O objetivo da iniciativa é denunciar como a política de privatização da empresa já gera consequências como os preços abusivos dos combustíveis praticados hoje no Brasil.

A iniciativa visa também denunciar a Política de Preço de Importação (PPI), praticada pela Petrobrás a mando de Paulo Guedes, ministro da economia do governo Bolsonaro. Até então, a narrativa encontrada na mídia é de que os preços altos dos combustíveis seguem a alta do dólar, e Bolsonaro tem desinformado em suas lives e no curralzinho na saída do Alvorada, que a culpa na verdade seria dos impostos estaduais.

O PPI, política adotada no Governo Temer, em 2016, e implantado pelo presidente da Petrobrás à época, Pedro Parente, precifica os combustíveis conforme as variações do dólar e do petróleo internacional, somando-se a isso o transporte do exterior até o Brasil e também as taxas de importação, o que tem levado a valores estratosféricos o preço dos combustíveis e do gás de cozinha.

Ao contrário do que muita gente pensa, não são os impostos os principais responsáveis pelos preços abusivos dos combustíveis. Os reajustes sucessivos não estão relacionados ao falso aumento de tributos, mas sim à política de preços do PPI.

Em alguns estados a gasolina já está sendo vendida e R$ 7,00 e o gás de cozinha a mais de R$ 100. Esse também é o motivo de muitas famílias cozinharem usando fogão à lenha. Esses trabalhadores não conseguem comprar o gás, que já equivale a quase 10% do valor do salário mínimo.

Apesar de cerca de 80% dos derivados do petróleo serem produzidos hoje no Brasil, o PPI segue o mercado de importação, e usa a cotação do barril de petróleo e do dólar, mais os custos da importação, que incluem transporte e taxas portuárias, como principais referências para o cálculo da gasolina, seguro para garantir a estabilidade cambial e do preço do produto durante o tempo de importação e ainda atribui um lucro, criando preços fictícios para o consumidor brasileiro.

Para reduzir o valor da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha, os petroleiros defendem o fim da paridade de preços de importação, a suspensão do desmonte da Petrobrás (venda de ativos, demissões e outras medidas), bem como a diminuição da importação de derivados e a retomada das obras de ampliação das refinarias para atender o mercado interno e gerar emprego.