Dia do Técnico e Engenheiro de Segurança do Trabalho lembra da responsabilidade frente às Nr´s

Dia 27 de novembro

No último sábado (27) é comemorado o dia Técnico de Segurança do Trabalho e de Engenheiro de Segurança do Trabalho. A escolha desta data recorda a lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, responsável por regularizar as profissões.

Os Engenheiros e Técnicos de Segurança do Trabalho são responsáveis por aplicar todo o conhecimento específico em segurança e medicina do trabalho com o objetivo de reduzir ou até acabar com os riscos à saúde do trabalhador, além de orientar e treinar os trabalhadores para que estes cumpram as normas regulamentadoras (NRs) de segurança e medicina do trabalho, incluindo o uso e conservação adequados dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

Atualmente, o Brasil tem 36 NRs e, mesmo assim, os números de acidentados e mortos é alto. As principais causas, segundo a Organização Internacional de Trabalho (OIT), é o descumprimento de normas básicas de proteção e más condições nos ambientes e processos de trabalho. Se com essa regulação os números são chocantes não é de se admirar que os dados se multipliquem de forma exponencial ainda mais com a reforma trabalhista e a terceirização irrestrita que precarizou ainda mais o trabalho.

Além disso, temos a famigerada Reforma da Previdência atrelada à redução das normas regulamentadoras de trabalho que vem reduzindo direitos e expondo ainda mais os trabalhadores ao capitalismo onde o lucro está acima de tudo e de todos. Para piorar a situação, a gestão Bolsonaro atendeu ao pleito do empresariado e sob o argumento da desburocratização, flexibilizou várias normas regulamentadoras (NR 1, 2, 3, 12, 24 e 28), expondo a classe trabalhadora a riscos maiores de acidentes e mortes no ambiente de trabalho.

No Sistema Petrobrás a presença desses dois profissionais tem sido de extrema necessidade já que a política de sucateamento das unidades atrelada à redução generalizada do quadro mínimo operacional de diversas unidades, com corte profundo de verbas para manutenção preventiva, e também ao impor o sistema de consequências, que joga sobre as costas do trabalhador a culpa por todo e qualquer acidente.

Infelizmente, vemos um retrocesso na segurança de processo e segurança industrial do Sistema Petrobrás, que vem sistematicamente fechando postos de trabalho da operação, da segurança patrimonial e do efetivo de manutenção em todas as suas unidades, acendendo o alerta para possíveis desastres.

Atrelado a isso, a política de privatização do governo Bolsonaro, seguida à risca pela atual gestão da companhia tem aplicado a fórmula do sucateamento e desmonte do Sistema Petrobrás, promovendo a saída de profissionais altamente capacitados e treinados, sem substituí-los via concurso público, e ainda pior, transformando técnicos especializados em meras peças de reposição para “tapar buracos” em vagas nem sempre de especialidade desses profissionais.

Com informações da RSdata