RH da Petrobrás se recusa a negociar e interrompe reuniões com as plataformas do Litoral Paulista

Realidade

A diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista esteve reunida no dia 8 de dezembro com o grupo de Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) e após mais uma rodada de negociação ficou nítido e notório que os problemas dos embarcados não serão resolvidos sem uma conduta mais incisiva por parte dos trabalhadores. Esse grupo fica só na promessa de resolver as pendências, mas sempre existe uma desculpa. O objetivo desses gestores é deixar o Sindicato cair no descrédito já que ele repassa falsas informações. Ao que tudo indica o diálogo não está funcionando e somente uma greve, atraso ou corte na emissão de PTs farão com os representantes da empresa comecem a tomar alguma providência.

 O Sindipetro há muito tempo vem denunciando o problema de horas negativas de alguns petroleiros que estão negativados, em 35 dias, no banco de horas porque a empresa não os  deixou embarcar por falta de preenchimento de questionário de Covid-19. Em muitas situações o próprio EOR não explicava as regras para os trabalhadores e quando estes chegavam ao hotel para cumprir quarentena eram posteriormente impedidos de embarcar. Um fato curioso dessa situação é que todos tinham horas “para receber” no mês de janeiro. Em outras situações, a empresa encaminhava via correio eletrônico o questionário Covid no dia seguinte do desembarca e isso seriam 20 dias para novo embarque e quem não respondia prontamente também era punido com a suspensão dos 14 dias na plataforma e 21 dias de folga perfazendo o total de 35 dias negativo no banco de horas. Essa é só a ponta do ‘iceberg’. O RH também apresentou minutas para assembleias e no momento da assinatura a gestão da empresa apresentava documentação diferente.  

O problema se arrasta e está parecendo mãe que fala para o filho que “na volta nós compramos”. O EOR atrelado ao RH da Petrobrás segue enrolando e mentindo ao afirmar que já passou o caso para o RH da UN-BS que em reunião no dia 3 de dezembro afirmou categoricamente que desconhecia a situação.  

A situação é grave e demonstra que a conduta da alta cúpula da Petrobrás está sendo perpetuada em todas as esferas do Sistema Petrobrás. O tratamento com a força de trabalho vem sendo desumano. A Diretoria do Sindicato orienta a força de trabalho que comece a se mobilizar porque o enfrentamento será necessário para que essa realidade se modifique. O lema sem luta, não há conquista nunca foi tão real e necessário no Sistema Petrobrás. A alta cúpula da empresa virou “uma máquina de moer gente” cujo único objetivo é o lucro desmedido e priorizar o pagamento de dividendos para os acionistas.