Direção da Petrobrás não cumpre acordo!

Apesar da insistência de todos os Sindipetros do país e da indignação crescente entre os trabalhadores, o RH da empresa, em carta assinada pela gerente de Ambiência", Regina Valle, no último dia 27, reafirmou que não cumprirá com sua palavra e manterá o cancelamento do adiantamento da PLR.O Sindipetro-LP e a FNP não aceitarão tal desrespeito aos trabalhadores. Chamamos todos os petroleiros a se mobilizarem para dobrar esta política de Recursos Humanos em vigor e denunciamos o descumprimento do compromisso assinado pela empresa.Montante totalExigiremos também do Conselho de Administração da Petrobrás a garantia de provisionamento para os empregados de 25% do montante destinado aos acionistas. O C.A. deve já informar este valor, não é possível que seja revelado apenas à Assembléia dos Acionistas para depois tentarem passar um valor qualquer como um fato dado.A Petrobrás, que diz prezar tanto pela "negociação", tem que ser transparente e abrir este diálogo imediatamente com os trabalhadores para discutirmos a distribuição do montante de 25%.Não aceitaremos a enrolação costumeira e o joguinho de empurrar o recebimento da PLR para junto da negociação do ACT. Inclusive, lembramos que este ano a empresa não tem desculpa para atender as chamadas cláusulas sociais.Unificar a luta contra as demissões e a perda de direitosO Brasil não é uma ilha, nem tampouco está descolado da economia mundial. Longe de ser uma "marolinha", como inicialmente tentou afirmar Lula, a crise econômica mundial já chegou ao Brasil com força e se fez refletir com milhares de demissões. Apenas em dezembro, tivemos 1,5 milhão de demitidos no país, 390 mil apenas na indústria.Se descontarmos as admissões no período, temos o triste número de 655 mil postos de trabalho que deixaram de existir. Segundo o Datafolha, em pesquisa publicada ontem, dia 9, 31% dos lares brasileiros têm um morador desempregado por conta da crise.Governos de todo o mundo, inclusive o brasileiro, tentam socorrer banqueiros e empresários e descontar a crise nas costas dos trabalhadores.Não podemos aceitar redução de direitos em nome da manutenção dos empregos. Historicamente já foi provado que isto não funciona - os patrões reduzem direitos e depois demitem!Sindicatos pelegos se adiantam e correm para fechar acordos rebaixados e satisfazer os empresários. Para se ter uma idéia do absurdo, até o Ministério Público já entrou em campo para vigiar estes acordos, preocupado com acordos ilegais que prejudiquem os trabalhadores.Na Petrobrás, também tentam garfar nossos direitos a cada Acordo Coletivo e, agora, o adiantamento da PLR.As empreiteiras começam a quebrar - apesar de a Petrobrás cumprir seus contratos - e deixam seus empregados sem salários e sem demais benefícios e direitos trabalhistas.Medidas emergenciaisA Petrobrás não pode permitir o prejuízo a estes trabalhadores, as gerências de contrato têm que ficar atentas e não permitir um mês sequer sem pagamento ou sem garantia de qualquer benefício, prendendo imediatamente o repasse às empresas caloteiras.Por outro lado, devemos exigir do governo a proibição de demissões sem justa causa, a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, sem redução de salários e de direitos, intervenção nas empresas que demitirem em massa, principalmente as que receberam dinheiro.Chega de socorrer os bancos e grandes empresas com recursos públicos, devemos exigir políticas públicas para atender as necessidades da população e gerar empregos. "