FNP convoca movimento unificado e chama greve geral

Todo apoio a luta dos petroleiros e petroleiras da Replan! Mexeu com companheiro meu, mexeu comigo!Um dia bem agitado e repleto de decisões. Ontem (5), enquanto os diretores do Sindipetro-LP Marcelo Juvenal, Parrela e Robocop permaneciam atrasando os turnos da RPBC numa luta de solidariedade aos companheiros grevistas da Replan, o coordenador-geral Wilson Roberto Gomes reuniu-se com os demais Sindipetros da FNP. Juntos, decidiram que caso a greve continue, posto que as negociações com a empresa estão em andamento, os 17 sindicatos petroleiros do país devem convocar assembleias extraordinárias, imediatamente, e com a categoria definir que tipo de mobilização será feita."Não se trata apenas de solidariedade, mas sim de uma luta por direitos que já estão definidos. O incrível é que a Petrobrás, toda legalista, tem esquecido disso. O que queremos é o cumprimento do direito aos petroleiros e petroleiras", enfatiza Wilson. O coordenador ressalta que a decisão da FNP possui a marca da unidade nacional em torno da manutenção de direitos dentro da empresa.Na porta da RPBC, durante a tarde, o sol escaldante não foi impedimento para os petroleiros e petroleiras do Grupo 3 deixarem de manifestar o apoio ao movimento da Replan e, mais do que isso, durante uma hora e meia mostraram para a empresa que o caldo está engrossando. Marcelo Juvenal, diretor de comunicação do Sindipetro-LP, aponta para um fato importante da greve da Replan: "Quem se mobilizou lá foram os borrachos e junto com os mais velhos de empresa construíram a greve. Isso é importante porque precisamos da mobilização do conjunto da categoria".No Litoral Paulista o exemplo da capacidade de mobilização e vontade de luta dos novos está expressa no coletivo Alerta Petroleiro, que recebe todo apoio do Sindicato pela postura crítica e independente, filosofia da atual diretoria.Referente aos movimentos de apoio do Sindipetro-LP aos companheiros da Replan, os atrasos começaram no Terminal Transpetro de São Sebastião a partir do turno das "zero hora" de ontem (5). Também, uma delegação do Litoral Paulista foi para a Replan acompanhar hoje (6) a Assembleia que decide pela continuação ou fim da greve.A chapa vai esquentar"É hora de retomarmos a mobilização histórica dos petroleiros", completa Wilson ao analisar o quadro geral. Fora a greve na Replan, a categoria possui a demanda da luta pela PLR e atual tentativa da Petrobrás de revogar direitos da categoria, além de decidir não cumprir mais com seus acordos. A FNP definiu que seus seis sindicatos devem realizar assembleias gerais até 20 de março.Na pauta, a aprovação da instalação de Assembleia Permanente, moblização para o dia 1º de abril objetivando a abertura de negociação com a Petrobrás sobre o montante e data de pagamento da PLR e greve geral, por tempo indeterminado, no dia 8 de abril, data da assembleia dos acionistas.No próximo dia 24, porém, a FNP estará no Rio de Janeiro para cobrar da empresa o início das negociações pela PLR e manutenção de direitos."A empresa está tomando decisões arbitrárias. Não cumpre acordos, revoga direitos. A hora é de mobilização!", fecha Wilson.Agora é a hora de mostrar que a categoria sabe e vai brigar pelos seus direitos, sem deixar que o governo e a empresa passe para o trabalhador uma crise que não é dele. Petroleiros e petroleiras, procure o Sindicato, participe das assembléias e não deixe que a empresa roube o que é seu por direito.