Categoria aprova greve por tempo indeterminado

A campanha salarial ganhou nova força nesta sexta-feira (03/09) com o Dia Nacional de Paralisação. Durante o movimento, as nove bases do Sindipetro-LP tiveram as operações interrompidas durante oito horas. O sucesso da paralisação  se deu graças ao sentimento de unidade e de luta da categoria.

No entanto, o impulso maior ocorreu no fim do dia quando a categoria aprovou por ampla maioria de votos a greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 14. A decisão, feita em Assembleia Geral na sede, em Santos, e na sub-sede, em São Sebastião, é um recado claro à Petrobrás: não temos pressa e não iremos aceitar proposta sem aumento real em nossos salários. O próximo passo será definir as estratégias de luta durante a greve.

Balanço das paralisaçõesNa RPBC, a paralisação começou ainda de madrugada. Os carros do Sindipetro-LP já estavam estacionados em frente ao portão principal da refinaria pouco depois da meia noite. A paralisação contou com a adesão de mais de 90% dos petroleiros que operam em regime de turno e ADM, porcentagem repetida no prédio do Edisa I, onde os petroleiros trabalham apenas em regime ADM. No Edisa II, o movimento também conseguiu forte adesão.

Nos terminais de Pilões e Alemoa a participação dos trabalhadores foi maciça, onde todos os trabalhadores (Turno, ADM e terceirizados) aderiram à paralisação. Em São Sebastião, no Terminal Almirante Barroso (Tebar),  houve adesão de 100% do turno e de 80% do ADM. Já na Unidade de Tratamento e Gás de Caraguatatuba (UTGCA), a mobilização foi feita por mais de 90% dos petroleiros.

As plataformas de Merluza e Mexilhão, ambas na Bacia de Campos, também  encamparam as paralisações. Os petroleiros embarcados não emitiram PTs (permissões de trabalho) e adotaram Operação Padrão entre as 7 e 15 horas desta sexta-feira (03/09).

Nas bases da FNPCom exceção do Sindipetro-RS, todos os sindicatos da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) realizaram o movimento. No Sindipetro-AL/SE, por exemplo, também aconteceu paralisação de oito horas em todas as unidades.

No Sindipetro-PA/AM/MA/AP foram realizadas paralisações de duas horas no prédio administrativo de Manaus; de quatro horas no porto de Urucu; de um hora e meia na Transpetro de São Luís; de quatro horas na Transpetro de Belém e de três horas no prédio administrativo, também em Belém.

Já no Sindipetro-SJC desde a última quinta-feira (02/09), após a entrada do turno das 23 horas, estão sendo realizadas paralisações de mais de uma hora. O movimento prosseguiu nesta sexta-feira (03/06) com os petroleiros do turno das 7 horas, 15 horas e ADM.

No Sindipetro-RJ foram realizados diversos atos e duas mobilizações. Uma aconteceu no TABG, com corte na emissão de PTs (Permissão de Trabalho) e adesão de 80% dos petroleiros da Operação e Manutenção, e outra no CENPES, com adesão de 50% dos petroleiros na rendição do turno e atraso de três horas, das 7 às 10 horas. Os atos foram realizados em Angra dos Reis, Edita, Edise e Transpetro, todos no período da manhã.

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