Categoria aprova proposta de PLR e pauta reivindicatória

Foi aprovada pela maioria da categoria petroleira do Litoral Paulista a proposta de PLR e demais pautas reivindicatórias da greve nacional unificada, enviada pela Petrobrás durante a Assembleia convocada para hoje na sede de Santos e subsede de São Sebastião. Com isso, a greve está encerrada. Da mesma forma ficou decidida a taxa assistencial com desconto de 2% da PLR dos não associados ao Sindicato.A Frente Nacional dos Petroleiros (FNP) estendeu a briga por uma melhor proposta até horas antes da Assembleia de hoje começar. Os seis sindicatos da FNP estavam dispostos a negociar, assinando uma proposta galgada na discussão e em benefício da categoria. Jamais assinar uma simples proposta de adesão, como era vontade da empresa.Desde sexta-feira, dia 27, os dirigentes sindicais da FNP iniciaram uma batalha com o RH da empresa, que chegou a fazer chantagem, ameaçando, inclusive em comunicados internos, que as seis bases da FNP receberiam a PLR da primeira proposta. Os líderes sindicais da FNP não cederam. Para manter a tensão, o RH informou que só colocaria nova proposta se os sindicalistas indicassem a aprovação, antes de saber o conteúdo dela. O "cheque em branco" não foi assinado.Para os dirigentes da FNP, a prerrogativa em mesa de negociação é debater as propostas, mas não se comprometer em defendê-las. O entendimento é que a competência de aprovação é da categoria, ou seja, do conjunto do movimento sindical petroleiro. Não há nada que obrigue os sindicatos a fecharem opinião ou compromisso de defesa na mesa de negociação.Proposta rebaixadaDurante a Assembleia, o coordenador geral do Sindipetro-LP Wilson Roberto Gomes frisou que a proposta está abaixo do que realmente queria o sindicato, a FNP e a categoria. "Mas conseguimos pontos importantes e sobretudo fizemos uma greve unificada, de luta e saímos de cabeça erguida".O que avançou foi fruto da greve e do espírito de luta da categoria; PLR com valor em 13% ao que é pago aos acionistas (1% maior que a recebida no ano passado) - parcela única a ser paga no dia 5 de maio; pagamento da dobradinha extra turno também nos feriados de 1º de maio; adotar critérios, juntamente com os Sindipetros, para a PLR futura; fim dos interditos proibitórios impetrados na greve de cinco dias; nenhuma represália aos trabalhadores em greve."É o espírito de luta e a união da categoria que impedem ataques frequentes e a retirada de direitos dos trabalhadores. É enfrentando a tirania da empresa no dia a dia ou em greves que nós zelamos pelos nossos direitos. O caminho não é fácil, mas só assim preparamos a luta para a busca de novos direitos!", salientou o informe da FNP.