Terminal Transpetro demite vigilantes que sofreram assalto

A gerência do Terminal decide arbitrariamente demitir três dos cinco vigilantes que estavam presentes em Pilões no dia 21/07, quando aconteceu o assalto à unidade (roubo do caixa eletrônico). Decisão tomada por Comissão de Investigação concluiu que os trabalhadores não eram qualificados para o cargo.Em situação crítica, os vigilantes trabalham em frágeis guaritas que não são à prova de balas e portam armamentos precários. Vítimas do sucateamento da segurança do Terminal, os trabalhadores estão sendo penalizados pela falta de infraestrutura e condições de trabalho.O sindicato constatou que as guaritas presentes no pontos mais críticos do Terminal sequer possuem banheiros, não podendo abandonar o posto e fragilizando a segurança do local. Identificamos também que não existem câmeras de vigilância instaladas nas áreas externas do Terminal e o número de seguranças efetivos é baixo. No período noturno não há vigilante petroleiro (Inspetor de Segurança).A Comissão de Investigação foi montada para identificar o motivo do assalto, sendo composta pelo GAPRE e por chefias de fiscalização e segurança da Petrobrás. Covardemente, concluíram que três, dos cinco profissionais presentes, contratados há mais de quatro anos pela empresa, não estão aptos para o trabalho. Dois deles já foram demitidos, há cerca de duas semanas, e o trabalhador afastado por desenvolver problemas psicológicos resultantes do trauma está indicado para demissão.Lembramos que em menos de um mês foram duas situações de assalto ao Terminal, em ambas o sistema de segurança da Transpetro foi insuficiente. Isso definitivamente não significa falha do trabalhador!Não aceitaremos as demissões em caráter de punição aos vigilantes que estavam trabalhando no momento do assalto. Mais uma vez, a Petrobrás/Transpetro mostrou sua completa falta de respeito aos trabalhadores.