Mais uma vez a Petrobrás demonstrou que não tem o menor respeito com os trabalhadores e com a própria justiça do trabalho. Apesar do TRT-SP julgar o dissídio coletivo favorável e condenar a empresa a pagar os 23 dias parados em razão da greve, a Petrobrás continua intransigente e descontou o salário dos trabalhadores que seria pago no último dia 25 de maio. Claramente, uma forma de punição por não ter seus caprichos atendidos.
Diante de tanta baixaria, o Sindipetro-LP entrou novamente na justiça com duas ações de cumprimento com pedido de liminar para forçar o pagamento dos dias parados. O processo foi distribuído em Santos e Caraguatatuba, pois nesse tipo de ação, a competência é do local onde o trabalhador está lotado.
A ação que obriga o pagamento dos petroleiros de Mexilhão e Merluza foi julgada procedente e a Petrobrás foi obrigada, mais uma vez, a ressarcir os trabalhadores até o último dia 25 sob pena de multa diária. Mas, nem sob pena da justiça os valores foram pagos. O prazo de 24 horas concedido pela justiça do trabalho já expirou e na segunda-feira foi detectado que não houve o pagamento. A ação de Caraguatatuba ainda aguarda decisão.
O Sindipetro-LP entrou em contato com o RH da UO-BS para saber o motivo do não cumprimento da liminar e a resposta foi que a ordem partiu do Rio de Janeiro. Isso é uma piada! Desrespeito com a categoria! Querem tirar um cabo de guerra para ver quem aguenta mais.
O Sindipetro-LP não vai esmorecer diante dessa luta. No próximo dia 17/06 estará presente em outra audiência com a empresa garantir os direitos dos trabalhadores que a Petrobrás insiste em não respeitar.