Sindicato arranca da RPBC prazo de 45 dias para definir situação da Manutenção

No último dia 5 de setembro, Sindipetro-LP e RPBC participaram de uma mesa redonda na Delegacia Regional do Trabalho, em Santos, para discutir o projeto desenvolvido pelo Corporativo da Petrobrás para a Manutenção Industrial (Mecânica, Instrumentação, Elétrica, Caldeiraria, Planejamento) da refinaria.

Pelas informações divulgadas até agora pela companhia, o que acontecerá na prática por meio deste plano é a redução do quadro de empregados do setor e sua completa terceirização.

As atividades, que até agora são desenvolvidas por trabalhadores primeirizados, passariam a ser executadas por trabalhadores de empresas contratadas. Aos trabalhadores `crachá verde´ restaria apenas a função de fiscalizar o trabalho executado pelos terceirizados.

Contrário à esta medida, tomada unilateralmente pela companhia num período em que a RPBC está em plena expansão, o Sindipetro-LP solicitou mesa redonda com a companhia justamente por entender que este projeto irá gerar uma situação de constante insegurança, uma vez que profissionais inexperientes e com alta rotatividade assumirão tarefas desenvolvidas por petroleiros `velhos de casa´, que possuem larga experiência na função.

AGORA TEM PRAZOCom base no debate travado durante a mesa redonda, foi estipulado um prazo de 45 dias para que a empresa - após negociação entre Sindipetro-LP e Corporativo - apresente uma resolução. Para o Sindicato, o desfecho correto é que a empresa garanta que o setor continue primeirizado e que o quadro não seja reduzido. Neste sentido, mesmo que haja transferência e/ou promoção de empregados da Manutenção Industrial para outras unidades, o Sindicato exige que o número de vagas atuais seja mantido.

Esta reivindicação visa justamente barrar mais uma tentativa de terceirizar à galope" um setor estratégico da companhia. A base do Litoral Paulista, única que não assinou o famigerado PCAC, não assistirá a essa manobra da empresa de braços cruzados.

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