Um incêndio em um navio da Petrobrás, localizado na costa do Rio de Janeiro, deixou um petroleiro morto na noite de domingo (18/09). De acordo com a companhia, a praça de máquinas do navio Diva pegou fogo por volta das 21h, a cerca de 25 milhas náuticas (46,3 km) a leste de Maricá (RJ). O oficial de náutica Rosynaldo Marques dos Santos morreu durante os procedimentos de combate ao incêndio.
Em nota, a Transpetro, subsidiária da Petrobrás responsável pela embarcação, afirma que o incêndio está sendo controlado pela tripulação e ainda não havia sido extinto às 9h49 desta segunda-feira. Rebocadores foram deslocados para a região para dar suporte ao combate às chamas.
O fogo, de acordo com a Transpetro, está confinado no compartimento da praça de máquinas, distante dos tanques de carga da embarcação. O Diva havia passado por manutenção periódica no início do ano e operava "normalmente" desde então, de acordo com a companhia, atuando no transporte de óleo diesel para abastecimento a rebocadores da Bacia de Campos. "Uma comissão interna foi criada para investigar as causas do acidente. A Marinha do Brasil e as demais autoridades competentes foram devidamente comunicadas", afirma a Transpetro.
Com mais esta tragédia, já são 15 mortes no Sistema Petrobrás só neste ano. Ritmo cada vez maior de trabalho, pouco treinamento, condições inseguras de trabalho e manutenção precária dos equipamentos fazem parte da rotina da empresa, que segue fechando os olhos para uma estatística cada vez mais alarmante. Só na gestão de Gabrielli, cuja política de SMS é motivo de orgulho em apresentações suntuosas aos acionistas, são 88 mortes, com mais de 90% delas vitimando trabalhadores terceirizados.
No último dia 15 de setembro, outro acidente, em Sergipe, também fez uma vítima fatal. José Ricardo Rosa, 41 anos, funcionário da Gramo Engenharia, foi atingido por um marco de concreto de 4,20 metros de altura, que caiu sobre ele. A operação estava sendo realizada no Poço SZ-158, manualmente, sem maquinário.