As dificuldades impostas pela bancada patronal aos trabalhadores durante todo o ano 2012 voltou a se manifestar na primeira reunião da Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz) de 2013.
Realizada entre os dias 20 e 22 deste mês, o encontro foi iniciado com a visita técnica à Petroquímica Braskem. Na oportunidade, foram verificadas melhorias nos sistema de prevenção de exposição dos trabalhadores ao benzeno, com ênfase principal no sistema de recuperação de vapores ou gases no qual todos vapores são enviados para tratamento. O balanço da bancada dos trabalhadores foi de que a visita foi positiva.
No dia 21 houve a reunião de cada bancada. Os trabalhadores iniciaram a reunião com a noticia da saída do coordenador da bancada dos trabalhadores da CNPBz, que passará a atuar na comissão de implantação da NR-20. Foram debatidas todas as pautas, dentre as quais a denúncia do Sindipetro-LP sobre os problemas na RPBC em relação à exposição do trabalhador ao Benzeno, bem como o relatório enviado a esta comissão.
Também foi discutido novamente o problema enfrentando pelos companheiros da RLAM, cuja resposta da empresa continua morosa. Soma-se a isso o fato de que, para piorar, agora a refinaria encontra-se gerenciada pelo antigo GG da RPBC. Pelo pouco tempo que ficou em nossa base, o balanço não é dos melhores, uma vez que apenas aumentou a insegurança da planta com sua intencional omissão.
Outra discussão importante foi a o debate sobre uma nova portaria do MTE que regulamenta as comissões estaduais e regionais (CERBZ), passo importante principalmente no Estado de SP que hoje se encontra órfão destas comissões.
Conflito entre as bancadasÀ tarde houve a reunião com todas a bancadas para os debates com a participação do representante do Sindipetro-LP. Como já era de se esperar, a empresa tentou atravancar a reunião, impondo a discussão de apenas dois temas. A primeira tratava-se da aprovação da ata de Salvador, cujo texto estava pendente há mais de um ano justamente por causa da bancada patronal, que se recusava a aprovar uma ata com tanta riqueza de detalhes sobre os graves problemas encontrados na RLAM. E a segunda, referente às discussões em torno da nova portaria do MTE das CERBZ, que se arrastou principalmente porque a bancada patronal queria impor o controle de participação dos trabalhadores, o que logicamente não houve acordo.
Os temas da pauta foram prejudicados, inclusive as questões da RLAM e RPBC, consideradas urgentes pelos trabalhadores. No último dia foi realizado o resumo do que ocorreu da reunião de plenária das bancadas, homenagem ao coordenador dos empregados devido a sua saída e apresentação com integrante da comissão de implementação da NR 20.
Infelizmente, tivemos mais uma postura lamentável da bancada patronal, que tentou de maneira agressiva impedir o direito de expressão e pensamento de um companheiro da RLAM, impedindo sua fala sobre o pretexto de ele ser apenas convidado de compor a mesa. Postura que foi repudiada pelos trabalhadores.
Como balanço, apesar de todas as dificuldades impostas pela bancada patronal, o Sindipetro-LP entendeu como positiva a CNPBz.