Antes mesmo do início oficial da segunda reunião anual da Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz), os petroleiros de todo o país que desembarcaram em Salvador (BA) já iniciaram as discussões e trocas de experiências sobre a realidade de cada região e base sindical.
Fruto das inúmeras dificuldades encontradas por todos os trabalhadores que formam atualmente os Grupos de Trabalho sobre o Benzeno (GTB´s), a necessidade de ampliar e aprofundar a discussão sobre o que vem ocorrendo em cada local de trabalho deu o tom dos debates realizados nos últimos dias 13 e 14 de agosto, na capital baiana.
No último dia 13, terça-feira, foi realizada uma atividade no auditório do Sindiquímica -BA justamente para tratar de alguns temas pertinentes ao dia a dia dos getebistas. Muitas dúvidas que não foram solucionadas na rotina diária puderam ser expostas neste espaço.
O mesmo aconteceu e foi aprofundado na última quarta-feira, dia 14, quando os membros dos GTB´s do Litoral Paulista (Mexilhão, Merluza, UTGCA e RPBC) se reuniram para discutir o andamento dos trabalhos em cada unidade. Os membros dos GTB´s dessas unidades que não puderam participar da visita técnica à RLAM aproveitaram a ocasião para compartilhar informações importantes sobre as formas de atuação nas CIPAS.
As dificuldades impostas pela companhia para o bom andamento dos trabalhos foi um consenso de todos os presentes, que relataram diversos empecilhos causados pelas chefias. Para esta reunião em Salvador, por exemplo, as gerências locais não se preocuparam em informar os trabalhadores sobre questões pontuais como local do evento, programação, endereço e outras informações que poderiam ter sido divulgadas com muita facilidade e que, omitidas, geram inúmeros transtornos.
Já em Mexilhão, por exemplo, foi constatado um caso absurdo: os petroleiros que em algumas ocasiões se recusaram a assinar o ASO (um direito de todo o trabalhador) foram comunicados de que não poderiam embarcar. Entretanto, ao constatar que em seu ASO não há o registro correto da exposição aos agentes nocivos a que está submetido, o empregado tem sim plenos direitos de se recusar a assinar o documento.
Diante disso, ficou claro mais uma vez a necessidade de que os trabalhadores aproveitem as reuniões nacionais da CNPBz para construir com autonomia uma organização e dinâmica de trabalho eficiente. Neste sentido, foi levantada a proposta de que esses encontros até agora informais sejam formalizados como parte integrante da programação. Uma das sugestões, por exemplo, seria de reservar ao dia que antecede a visita técnica a reunião para tratar das experiências e trabalhos das comissões estaduais e regionais.
Nesta quinta-feira, dia 15, haverá das 9 às 12h a reunião de bancada (de governo e trabalhadores na Fundacentro, sendo que a bancada patronal ainda não definiu o seu local de reunião. Na parte da tarde, das 13h30 às 18h, haverá a reunião ordinária da CNPBz. Já na sexta-feira, dia 16, quando haverá todo o acumulo das discussões realizadas até aqui, acontecerá a plenária final, das 9 às 14h.