Greve por tempo indeterminado começa forte no Litoral Paulista

Iniciada no final da noite de ontem (18/10) com o corte na rendição dos turnos, a greve por tempo indeterminado no Litoral Paulista começou forte em seu primeiro dia e a tendência é que o movimento ganhe ainda mais peso nas próximas horas.

No Tebar, em São Sebastião, a rendição do turno foi cortada à 0h de hoje e desde as 8h da manhã deste sábado a unidade está nas mãos do grupo de contingência formado pela companhia. A adesão é de 100%. A partir da meia-noite de amanhã (20/10) um grupo de petroleiros aposentados e diretores do sindicato já estarão nas 11 entradas do terminal para garantir uma forte mobilização também com os companheiros do ADM e terceirizados.

Na UTGCA, em Caraguatatuba, o corte na rendição do turno foi feita na 0h de hoje e os trabalhadores entregaram, às 13h deste sábado (19/10), a operação da unidade para o grupo de contingência. No início a gerência local ainda esboçou se recusar a assinar o documento do Sindicato que comunicava a saída dos trabalhadores da planta, mas após pressão da entidade recuou e, agora, a unidade já se encontra sob a responsabilidade total da companhia.

Em Cubatão, na RPBC, o corte de rendição foi feito às 23h de ontem (18/10) e desde então os trabalhadores do turno das 15h permanecem na unidade sem emitir PT (Permissões de Trabalho) e realizando apenas os serviços essenciais. O movimento pegou a gerência de surpresa, que às pressas passou a chamar alguns eventuais. A qualquer momento a unidade, a exemplo da UTGCA, também deverá passar para as mãos do grupo de contingência.

No Terminal Alemoa, em Santos, a rendição dos trabalhadores de turno foi feita na 0h de hoje. O grupo que está na unidade desde às 16h de ontem deve deixar o terminal ainda hoje, entregando a responsabilidade da planta para o grupo de contingência da companhia.

O Sindipetro-LP já enviou à empresa documento oficial para que os trabalhadores deixem a unidade com segurança. Na segunda-feira (21/10), o Sindicato estará na porta da unidade para envolver os trabalhadores do ADM na greve. Além disso, a entidade já está entrando em contato com os sindicatos que representam os terceirizados para que eles se incorporem à mobilização, que é pelo cancelamento do Leilão de Libra, por aumento real, mas também é pela derrubada do PL 4330, que legaliza a terceirização das atividades fins.

Em alto mar, na Bacia de Santos, os trabalhadores embarcados nas plataformas de Merluza e Mexilhão também aderiram à greve por tempo indeterminado, seguindo a orientação enviada pelo Sindicato na noite de ontem. Os trabalhadores não estão realizando nenhum serviço de manutenção e operação, reduzindo-se a somente manter os serviços essenciais para garantir a segurança das unidades.