Bendine é criticado por executivos por não trabalhar na sede da Petrobrás nas segundas e sextas-feiras

TQQ

Aldemir Bendine, presidente da Petrobrás há 11 meses, ganhou o apelido de TQQ, no edifício sede da companhia (edise), no Rio de Janeiro. O Apelido, segundo publicado no jornal Wall Street Journall, foi dado pelos funcionários da estatal, em referência aos dias da semana em que o CEO está presente no edise: Terça, Quarta e Quinta.

Segundo uma fonte do jornal americano, Bendine divide seu tempo administrado a companhia em São Paulo, onde mora, o que tem provocado desconfiança de executivos da Petrobrás, que consideram que o presidente não tem se empenhado o suficiente para resolver os problemas da empresa.

A matéria destaca a insatisfação de executivos e analistas do setor do petróleo, que esperam ações mais efetivas de Bendine frente os desafios da empresa.
As críticas direcionadas a Bendine parecem querer força-lo a tomar medidas que avancem a venda de ativos da Petrobrás, já anunciada e aprovada pelo Conselho de Administração da companhia no seu plano de negócios 2015/2019.

A greve dos petroleiros em 2015 teve um papel importante no combate ao plano de negócios da Petrobrás, que tinha como um dos itens para a geração de economia e lucro aos investidores, redução de salários, corte de direitos e de benefícios, barrados pelos trabalhadores na greve que durou 23 dias nas bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

Para os petroleiros, fica a dúvida se assim como propôs no acordo coletivo de 2015, de diminuir a carga horária do administrativo para 30 horas semanais, com redução de 25% dos salários, se o salário de Bendine também sofre desconto dos dias que ele não dá expediente na sede da empresa.