Dia Internacional da Mulher
Na noite da última terça-feira, 8 de março, diretoras do Sindipetro-LP e petroleiras de base estiveram em São Paulo, para participar do ato em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Ao lado de entidades como Movimento Mulheres em Luta (MML), Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL), CSP-Conlutas, Intersindical, coletivos, movimentos por moradia e partidos de esquerda como PSOL, PCB e PSTU, as petroleiras ocuparam a Avenida Paulista para protestar contra o machismo e toda forma de opressão. Mas não só isso. Em um período de forte crise social e econômica, os trabalhadores é que estão pagando a conta, sendo as mulheres (principalmente as negras) as principais vítimas.
O ajuste fiscal e a reforma da previdência do governo Dilma, os projetos de lei de um Congresso Nacional cada vez mais reacionário, personificado na figura do presidente da casa, Eduardo Cunha, afetam diretamente as condições de vida das mulheres. Por isso, essas medidas foram duramente criticadas. Para as mais de 2 mil mulheres presentes, não há outra saída senão apostar na luta direta, com independência de classe, contra as medidas dos governos em aliança com os patrões.
Infelizmente, o ato que deveria ser unitário e envolver um número maior de entidades e participantes, acabou sendo dividido em dois logo no início. Militantes de entidades e partidos que apoiam Dilma, como Marcha Mundial das Mulheres, PCdoB e militantes do PT, tentaram impedir Silvia Ferraro, do Movimento Mulheres em Luta (MML), de fazer um discurso com críticas às políticas do governo que atingem as mulheres. Ao descer do carro de som, Silvia teve de ser protegida para não ser agredida por militantes homens (!) e mulheres pró-governo.
A pauta específica acordada previamente entre as entidade foi desrespeitada, com a tentativa de resumir o 8 de março a um ato “em defesa da democracia” – na prática, apoio ao governo. Em nossa opinião, a luta das mulheres é muito importante para ser secundarizada e deixada de lado. E, independentemente das diferenças políticas que existem entre as entidades, a democracia deve prevalecer. Infelizmente, não foi isso o que ocorreu. Estes métodos são intoleráveis e, por isso, devem ser repudiados por todos aqueles que valorizam a pluralidade de ideias e liberdade de expressão.
Mas o que fica desse 8 de março, como demonstram as fotos, é de que só a luta muda a vida. Não sairá do governo, nem do congresso ou da oposição de direita, a resposta para nossas demandas. Sairá de nossas próprias mãos, com a unidade de toda a classe – mulheres e homens – contra os ataques dos governos e dos patrões.
Quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede!
VIVA O DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES!