Jacarepaguá
Desde que o embarque e desembarque dos petroleiros de Merluza e Mexilhão passaram a ser feitos pelo aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, a diretoria do Sindipetro-LP tem acompanhado os trabalhadores, a fim de fiscalizar as condições das aeronaves, logística e assistência da Petrobrás aos petroleiros. Se a intenção da empresa era afastar os trabalhadores de seus representantes legais, a mudança aproximou o Sindicato ainda mais dos trabalhadores, principalmente da P-66, que já embarcavam e desembarcavam por Jacarepaguá.
Nesta terça-feira (24), durante acompanhamento da Diretoria no aeroporto, recebemos uma série de reclamações sobre a falta de pagamento de diárias e falta de reservas de voo para volta à SP.
De acordo com as gerências da UO-BS, seguindo o Padrão da Petrobrás, a empresa garantiria o pagamento de cinco horas extras referente ao deslocamento dos trabalhadores, de casa até o aeroporto e vice-versa. Porém, segundo os trabalhadores, o percurso até o aeroporto tem sido em média de seis horas. O sindicato irá cobrar da gerência o pagamento dessa diferença, que é direito do trabalhador.
A Diretoria foi informada também que os petroleiros que embarcaram antes do dia 16 de abril, ao retornarem, não tinham passagem confirmada e nem depósito de diárias para o deslocamento. Sem nada garantido, cada um teve que ligar para empresa, no desembarque, para voltar para casa. Em reunião com a diretoria do Sindipetro-LP, a gerência da UO-BS havia se comprometido a cuidar do deslocamento dos trabalhadores que desembarcariam em Jacarepaguá, mas não cumpriu com o prometido.
Outra reclamação é que somente um funcionário de uma empresa terceirizada, ligada ao RH, é o responsável por atender todas as demandas sobre embarque e desembarque, reclamações sobre falta de depósito de diárias, pagamento de horas extras, reembolso etc. Consideramos que pela quantidade de trabalhadores para atender, somente uma pessoa será impossível dar conta de todas as demandas em tempo hábil. Além de sobrecarregar o trabalhador, por se tratar de empregado terceirizado, o profissional está sujeito a maior pressão por eficiência e resultado, quando na verdade sua rotina e excesso de trabalho acabam limitando sua atuação.
Nesta quarta-feira (15) a diretoria continua em Jacarepaguá, acompanhando a rotina de embarque e desembarque e conversando com os trabalhadores também sobre a venda das refinarias RLAM, RNEST, REFAP e REPAR, anunciada pela Petrobrás.
O momento é de mobilização e a categoria petroleira está consciente que se nada for feito agora, amanhã não haverá pelo que lutar.