Pedro Parente pede demissão da presidência da Petrobrás

Vitória após mobilizações dos trabalhadores

A queda do Presidente da Petrobrás, Pedro Parente, no dia 1 de junho, indica que a organização do povo e dos trabalhadores, em particular, é forte. Sem a estrondosa mobilização dos caminhoneiros, que questionou a legitimidade e eficácia da política energética do governo golpista de Michel Temer, Parente não teria caído. Sem o início da greve nacional dos petroleiros, a qual, com apenas um dia de paralisação, foi duramente reprimida pelo Poder Judiciário, pela direção da Petrobrás e pela mídia golpista, Parente também não teria sido derrubado.

A força dos caminhoneiros, potencializada pela greve dos petroleiros indicou o caminho da mudança: só a mobilização geral dos trabalhadores é capaz de mudar os rumos do país.

Fábio Mello, diretor do Sindipetro-LP esteve nos piquetes dos caminhoneiros, na Alemoa, na zona portuária de Santos, levando o apoio da categoria petroleira ao movimento e discutindo a política de preços dos combustíveis adotados por Parente. “Esta mobilização nacional nos deu a oportunidade de discutirmos a política energética do país, dentre elas os valores praticados pela Petrobrás, a qual temos denunciado nos últimos dois anos, mas pouco fomos ouvidos. Graças ao movimento dos caminhoneiros, as pessoas puderam entender o quanto era importante a derrubada de Pedro Parente para se adotar uma nova política de preços na Petrobrás, uma empresa estatal e criada com o cunho social para não ficarmos à mercê dos preços do mercado internacional”.

O passado sujo de Pedro Parente
Como uma raposa cuidando dos ovos, Pedro Parente, ministro do apagão no governo de Fernando Henrique Cardoso, foi indicado pelo próprio ao golpista Michel Temer para presidir a Petrobrás.

Antes de ser presidente da estatal, Parente ocupou o mesmo cargo na Bunge, multinacional do agronegócio que busca se inserir na distribuição de combustíveis. “Coincidentemente”, foi em seu mandato que houve as maiores tentativas de vender o controle da BR Distribuidora, uma das subsidiárias mais lucrativas do Sistema Petrobrás.

Assista no vídeo o que Fernando Siqueira, presidente da AEPET diz sobre Parente

É com esse mesmo vigor de mudança popular que exigimos que o próximo Presidente da Petrobrás não seja um títere dos acionista estrangeiros, dos rentistas da bolsa de NY, um fantoche do mercado internacional do petróleo.

Exigimos um Presidente comprometido com o desenvolvimento do Brasil, do mercado interno, com a retomada do protagonismo da Petrobrás no desenvolvimento nacional, enfim, um Presidente que sustente uma política energética capaz de proporcionar preços populares dos combustíveis. Para tanto, a escolha do próximo Presidente da Petrobrás não pode ser fruto da intervenção do governo ilegitimo de Michel Temer.

Tampouco, o próximo Presidente deve ser resultado das "negociatas" do Conselho de Adminsitração da Petrobrás, espaço em que os acionistas privados tem imposto seus interesses e sustentado uma política energética atrelada à variação do preço diário do barril de petróleo (em dolar).

É preciso que o corpo técnico da Petrobrás, aquele responsável por gerar a potência que é essa companhia estatal, escolha o novo Presidente.

Hoje é dia de vitória da categoria petroleira e do Brasil!