Petroleiros realizam mobilização nacional contra a venda de refinarias

a união faz a força!

A manhã desta terça-feira (30) começou uma grande mobilização nacional contra a venda de oito refinarias do Sistema Petrobrás. Roberto Castello Branco com o aval do governo Bolsonaro anunciou, na última sexta-feira (26) o desmonte do setor de refino no mês de junho e divulgou as unidades afetadas. Estão na lista: Refinaria Abreu e Lima; Unidade de Industrialização do Xisto; Refinaria Landulpho Alves (RLAM); Refinaria Gabriel Passos (Regap); Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR); Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP); Refinaria Isaac Sabbá (Reman); e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor). A Petrobrás espera "arrecadar" R$ 78,7 bilhões, ao longo de um ano e meio, e pretende manter o refino apenas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.


A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) juntamente com os representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) esteve presente nas mobilizações das refinarias de Mauá - Capuava (Recap-SP) e de Betim (Regap, MG).  


Petroleiros em luta

Os trabalhadores da Usina do Xisto (SIX/Petrobrás) realizaram manifestação em frente à unidade industrial, em São Mateus do Sul, na região centro sul do Paraná. A manifestação também questionou a política de preços dos combustíveis no Brasil, a qual segue a cotação do dólar e o preço do barril de petróleo no mercado internacional. 


Os trabalhadores da refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no município de Canoas/RS, também atrasaram a entrada na unidade. A venda da Refap irá afetar o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catariana. Durante o ato também foi realizada assembleia com os trabalhadores, com o indicativo de greve, por tempo indeterminado, por descumprimento das cláusulas do acordo coletivo de trabalho de 2017-2019, por parte das empresas Petrobras S.A e Transpetro S.A. E também para declarar Estado de Greve da categoria no Rio Grande do Sul.. 


O Sindicato dos Petroleiros do Estado de São Paulo promoveu atos de protesto na Refinaria de Paulínia (Replan), com atraso na entrada dos petroleiros. O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense mobilizou os trabalhadores e trabalhadoras do sistema Petrobrás e das empresas terceirizadas no Terminal de Cabiúnas contra a privatização e por mais empregos.  A manifestação teve também o objetivo de denunciar os prejuízos para o Brasil com a política do preço dos combustíveis, adotada pelo governo federal, de reajuste com maior periodicidade. Na Bahia, o ato aconteceu em frente à Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada no município de São Francisco do Conde.

A luta contra a venda das refinarias, também aconteceu na manhã de ontem. Na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) termelétrica Euzébio Rocha, em Cubatão, os trabalhadores do turno e aDM participaram de um atraso. Embora a refinaria de Cubatão esteja fora da lista anunciada, os petroleiros do Litoral Paulista são solidários aos companheiros ameaçados de perderem seus empregos e estão se organizando para o embate com o governo privatista de Jair Bolsonaro.


Na REVAP, em São José dos Campos-SP, foi realizada assembleia com o debate sobre a convocação da Greve Geral contra a Reforma da Previdência , para o dia 14 de junho, próximo, e a necessidade de um calendário de mobilização imediato, unificado entre todos os sindicatos, federações e associações – em defesa da Petrobrás, de nossos direitos e aposentadoria. Também no Rio de Janeiro, no Terminal da Baía da Guanabara (TABG) foi realizada uma assembleia contra a venda das refinarias e consulta em relação à assinatura da quitação da PLR.


Sem luta não há conquista e a categoria petroleira provou isso quando em 1995 promoveu uma greve histórica que tornou-se o maior movimento de resistência da classe trabalhadora à política neoliberal e entreguista do PSDBe do DEM (então PFL). A greve foi fundamental para impedir a privatização da Petrobrás orquestrada por Fernando Henrique Cardoso que tentou acabar com o monopólio da Petrobrás sobre a exploração e produção de petróleo.

Com informações do site dos sindicatos filiados à FUP