Nesta segunda (31), às 15h
O jornal “A Tribuna”, maior em circulação na Baixada Santista, promove nesta segunda–feira (31), ás 15h, uma live sob o título “A Cadeia de Petróleo e Gás da Baixada Santista”. Fará parte do debate o gerente geral da Petrobrás, João Ricardo Lafraia, e que curiosamente a publicação afirma que o gestor “ participará do debate diretamente de sua base administrativa, no Rio de Janeiro”. A matéria ainda relata que o evento “ pretende debater os negócios de petróleo e gás na região, os planos da Petrobrás para a Baixada Santista, em relação aos desafios para geração de energia, o potencial do pré-sal e também o contexto em que se encontram as plataformas da Bacia de Santos”.
Tal afirmação nos causou grande espanto já que se a sede do pré-sal está em Santos porque debater com alguém que está no Rio de Janeiro? Além disso, a alta cúpula da Petrobrás vem batendo repetidamente na mesma “tecla” ao dizer que não acabará com as atividades no Edisa Valongo. Ora, se o prédio do Valongo é uma espécie de QG das operações de exploração e produção de gás e petróleo das plataformas da Bacia de Santos e o tema da live é voltado para isso porque convidar alguém de outro estado?
Isso é mais um indício do que nós, do Sindipetro-LP, já sabemos – que as unidades da Petrobrás, no Estado de São Paulo, são alvo da sanha privatista encabeçada por Castello Branco e Paulo Guedes . Temos afirmado repetidamente isso desde o anúncio, em 11 de maio, da retirada da representação sindical de 937 trabalhadores para o Rio de Janeiro –. Todos os caminhos apontam que a o desmonte da Petrobrás no estado é uma realidade cada vez mais próxima e que, mais uma, vez a alta cúpula da empresa usa de mentiras para mascarar a realidade.
A transferência dos voos do Aeroporto de Itanhaém (SP) para Jacarepaguá (RJ), sem qualquer negociação com o Sindicato e trabalhadores, foi o pontapé inicial desse processo de desmonte. Na época, a empresa alegou diversas razões técnicas para a mudança de base aérea, como autonomia de voo mais segura e gestão mais eficiente pela concentração dos demais voos no estado fluminense, essas explicações servem apenas de cortina de fumaça para esconder os reais motivos desta decisão.
Outro exemplo aconteceu em outubro de 2019 onde a empresa anunciou a transferência de 74 empregados do Valongo para a capital fluminense. Destes, 37 já foram obrigados a se mudar e outros 37 seguem em Santos. A desestruturação da vida de dezenas de famílias foi justificada pela “necessária" redução de custos. Um ano antes, no setor de Poços, sete engenheiros foram deslocados para Macaé (RJ).
Em dolorosas parcelas, a direção da Petrobrás está reduzindo a presença da empresa no estado de São Paulo, extinguindo postos de trabalho terceirizados e transferindo mão de obra direta para o Rio de Janeiro. Por isso, é importante que os petroleiros e petroleiros participem dessa live questionando o gerente geral da Petrobrás sobre esse processo de retirada da Petrobrás do Estado. A live acontece hoje, às 15h, no Facebook do jornal A Tribuna.