FNP trata de teletrabalho em reunião com a Petrobrás

ACT

Na tarde da última quinta-feira (12/11), aconteceu a primeira reunião do Grupo de Trabalho sobre o teletrabalho na Petrobrás.

Durante a reunião, a companhia apresentou sua pesquisa sobre teletrabalho, assim como o padrão já aprovado sobre o tema. Seguindo a reunião, a FNP realizou os seguintes questionamentos:

Custos do teletrabalho - A FNP reiterou a necessidade de a companhia custear despesas como água, energia, internet, equipamentos ou qualquer outra despesa necessária para a realização de trabalho em teletrabalho.

Citou a pesquisa da FNP feita em parceria com o IBEPS (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais), intitulada “O teletrabalho na categoria petroleira” onde, no universo de 1268 respondentes, 64% respondeu que gastou recursos financeiros próprios para a garantia do teletrabalho e 71% respondeu não ter recebido nenhum equipamento da empresa para trabalhar. E o pior: “isso ocorre ao mesmo tempo em que essa gestão reduz sensivelmente a capacidade de compra do petroleiro, com a não reposição da inflação, o encarecimento da AMS e o equacionamento da Petros”, afirma representante da FNP.

Mas, a Petrobrás informou que não haverá nenhuma ajuda de custo adicional ao R$ 1000,00 e que os problemas com os notebooks foram sanados.

Remuneração e adicionais dos trabalhadores de áreas operacionais em teletrabalho –  Segundo a empresa, não há previsão de alteração. A FNP reforçou que esse tema é de suma importância e é preciso ser explicitado à categoria antes de qualquer escolha

Capacitação dos gestores – A FNP destacou que considera fundamental uma capacitação obrigatória sobre gestão de pessoas e teletrabalho já que, as dificuldades de inúmeros gestores tendem a se aprofundar na modalidade teletrabalho.

Para a FNP, o teletrabalho não é apenas uma mudança na comunicação com a equipe. São mudanças muito mais profundas em que é preciso, necessariamente, orientar e capacitar esses gerentes e coordenadores.

Saúde e Segurança no teletrabalho – Temas como ergonomia, emissão de CAT, Acidente de trabalho também foram questionados pela Federação. Segundo o RH, na próxima reunião do GT um representante do SMS poderá esclarecê-las.

Carga horária de trabalho (entregas e condições de trabalho) -  “O padrão da forma que está é genérico, não diz como será feito o controle para que os trabalhadores não trabalhem a mais”. “É preciso que a empresa se dedique a cruzar as dimensões de carga horária, entregas-metas e possíveis problemas de infraestrutura já que, ao final, o empregado será avaliado pelas entregas fazendo com que, quase que necessariamente, os trabalhadores trabalhem a mais para conseguir realizá-las”.

Como demonstra a pesquisa realizada pela Petrobrás, 43% dos respondentes apontaram como a principal dificuldade, do teletrabalho, o aumento expressivo na carga de trabalho. Nas pesquisas, 37% dos problemas estavam conectados à rede Petrobrás.

Reforçou ainda que esses são temas conectados e complexos, que precisam ser bem elaborados e transformados em uma política da empresa, para não deixar somente que cada gestor decida como irá executar o programa.

Postos de trabalho (baias, computadores e equipamentos) – A FNP indagou sobre a quantidade de postos de trabalho que foram reduzidos (sem resposta), assim como a necessidade de garantir postos de trabalho para os trabalhadores que necessitarem realizar trabalho presencial na empresa, fora do dia planejado.

Comunicação entre empregados e gestores imediatos e utilização de aparelhos pessoais – A FNP perguntou se haverá regulamentação sobre a comunicação entre empregados e seus imediatos por meio das ferramentas eletrônicas como e-mail corporativo, WhatsApp etc., dentre outros, para que haja limite de horário e se esclareça melhor sobre a utilização de recursos pessoais para este fim, como foram as polêmicas envolvendo o Microsoft Intune, que gerencia todos os aplicativos do celular. A empresa trará resposta na próxima reunião.

Manutenção do trabalho presencial durante a pandemia – Segundo a empresa, isso ainda está sendo discutido na EOR. A FNP reforçou que a pandemia continua, que ainda não tem vacina e que o ideal seria manter o teletrabalho por mais tempo. Solicitou ainda que olhem com cuidado e responsabilidade para as pessoas em grupo de risco e/ou com familiares. Que para esses, necessariamente, fosse mantido o teletrabalho.

Mesa única -  Mais uma vez, a FNP solicitou que, apesar das especificidades, que houvesse mesa-GT única sobre o tema junto às subsidiárias.

Em breve, a empresa enviará a proposta de calendário das próximas reuniões do GT e manteremos a categoria informada.

Fique atento!

Fonte: FNP