P-70 entra em lockdow por surto de Covid-19

A história se repete

Mais uma plataforma, abrangida pelo Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, entra em lockdow por surto de Covid-19. Nos últimos dias oito trabalhadores da P-70 tiveram que desembarcar devido a suspeita de infecção por coronavírus. No total seis deles testaram positivo que se somaram a outros dois casos confirmados na semana passada. Esses petroleiros são as mais novas vítimas da política de medidas tardias e ineficazes adotadas pela gestão da UN-BS e pela alta cúpula da Petrobrás para conter a propagação da doença no Sistema Petrobrás.

A situação da P-70 é tão grave que o POB de 150 foi reduzido para 100 tripulantes. Serão mantidos apenas os trabalhos nas áreas de produção e habitabilidade. O pessoal da engenharia também vai ter que desembarcar. A equipe de produção que deveria operar com 2 trabalhadores já está funcionando com 1. Somente ontem desembarcaram 30 petroleiros terceirizados.  Assim como na P-69, uma equipe de saúde subiu a bordo para fazer a testagem de todos e assim definir a situação da plataforma. A princípio, aqueles que exercem atividades na produção e nas funções de habitabilidade que testarem negativo permanecerão embarcados. Quem testar positivo será desembarcado e irá para hotel, onde será testado novamente. Se o PCR for positivo, ficarão confinados no hotel e em caso de resultado negativo, irão para casa.

Assim como os dirigentes do Sindipetro-LP vem preconizando desde o início da pandemia, os trabalhadores reivindicam que a Equipe de Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) forneça no desembarque da plataforma a mesma estrutura de teste que tem sido disponibilizada no embarque. Com essa medida será possível determinar antecipadamente a contaminação a bordo. 

O Sindipetro-LP, mesmo não tendo sido notificado sobre o surto, exige também que seja emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). O Sindicato ratifica que os trabalhadores procurem seus diretores de base e liberados para abertura da referida CAT, caso a empresa não faça isso. Além disso, espera que sejam tomadas medidas efetivas para que mais casos não sejam diagnósticados e que a doença não se propague ainda mais como aconteceu na P-69.

Vale destacar que o Sindipetro-LP está acompanhando de perto o caso da P-70 e da P-69 e a situação dos embarcados das outras plataformas também abrangidas pelo Litoral Paulista.  Os nossos diretores estão de plantão no aeroporto de Jacarepaguá, de terça a quinta-feira, para pegar demandas, organizar a categoria e prestar informações.