Petroleiros participam de mobilização em apoio a greve dos trabalhadores da Petrobrás Biocombustível

Litoral Paulista

A semana começou com mobilização nas bases do Sindipetro-LP. Os trabalhadores e trabalhadoras do terminal de Alemoa, em Santos, da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e UTE Euzébio Rocha, em Cubatão, do Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, e da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba  participaram do movimento. Em pauta, a privatização da Petrobrás Biocombustível (PBIO) e apoio a greve dos trabalhadores da subsidiária.

A PBIO está em fase final de venda e a gestão da Petrobrás se recusa a negociar a incorporação dos trabalhadores, mesmo sendo concursados, a outras unidades da Petrobrás. A desculpa é de que existe "impossibilidade jurídica". Com isso, cerca de 150 trabalhadores diretos serão demitidos, além dos  terceirizados que em plena pandemia enfrentarão o desemprego. Além disso, 9 mil famílias de pequenos agricultores, que abasteciam a unidade com matéria prima sofrerão com os impactos da privatização.

Desde a última quinta-feira (20) os trabalhadores das usinas de biocombustível de Montes Claros, em Minas Gerais, e Candeias, na Bahia deflagraram greve por tempo indeterminado. A adesão é de 100% e a produção já foi afetada. No Rio de Janeiro, onde fica a sede da subsidiária, houve 80% de adesão.  O objetivo do movimento é mudar o modelo de venda das unidades para que os trabalhadores permaneçam no Sistema Petrobrás.

A força de trabalho da PBIO é concursada, assim como os petroleiros de todo o sistema Petrobrás, e segue o mesmo Plano de Classificação e Avaliação de Cargos (PCAC) da empresa. Sendo assim, os trabalhadores podem ser realocados a outras unidades do Sistema sem necessidade de desligamento.

A Petrobrás Biocombustível (PBIO) foi fundada em 2008 e é uma das maiores produtoras de biodiesel do Brasil, com 5,5% de participação de mercado em 2019. O Brasil é o terceiro maior mercado de biodiesel do mundo, com 2,7 bilhões de litros produzidos no ano passado, perdendo apenas para os Estados Unidos e a Alemanha.

Os sindicatos da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) também encabeçaram a luta e realizaram movimento no Rio de Janeiro, São José dos Campos, Alagoas e Terminal de Belém.

#SustentabilidadeNãoSeVende #EuApoioGrevePBio