Gestão da Petrobrás quebra contrato com a terceirizada que presta serviço na RPBC e UTE-EZR

Farra das gatas

A farra das terceirizadas tem se tornado um problema crônico em todo Sistema Petrobrás. Dessa vez, a AllControl, velha conhecida do Sindipetro-LP, teve seu contrato quebrado pela gerência da Petrobrás. Com esta ruptura já são contabilizadas mais de quatro empresas, neste primeiro semestre do ano, que apresentam problemas e causam danos aos trabalhadores da Baixada Santista. A Benge, Mérito e G&E deixaram um rastro de calotes por falta de responsabilidade do Setor de Suprimentos e Serviços (SBS) da Petrobrás, que é responsável pelas licitações e contratações, da atual gestão do Sistema Petrobrás.

Desde que a Allcontrol assumiu o contrato de manutenção e elétrica na refinaria, em outubro de 2019, denunciamos reiteradamente as práticas antissindicais e abusos cometidos sobre a força de trabalho. Também denunciamos, em mobilizações e entrevistas à imprensa ao longo desses meses, a responsabilidade da direção da Petrobrás.

A Allcontrol desrespeita seus trabalhadores, a começar por não aplicar a tabela unificada de salários, elaborada pelos sindicatos e aprovada pelos trabalhadores. A Allcontrol é reincidente em atrasar os salários de seus empregados, sendo que já ficou até trinta dias sem realizar os pagamentos dos trabalhadores. As terceirizadas não podem fechar contratos achando que tem direito de pagar qualquer “merreca” achando que a RPBC/UTE-EZR é terra “sem lei” ou qualquer unidade de terra e mar do Sistema Petrobrás.

Desde que a nova gestão assumiu o comando da empresa, não se escolhe mais quem oferece o melhor serviço, mas quem apresenta o menor valor. As consequências são evidentes: empresas aventureiras entram na Petrobrás e lucram à custa do sofrimento alheio. Trabalhadores não são tratados como gente de carne e osso, que têm família e sentimentos, mas como números.

Exigimos a absorção destes trabalhadores no contrato remanescente e com os salários da tabela unificada! Sindicatos do petroleiros, construção civil e metalúrgicos, trabalhadores e Comissão de Desempregados seguirão a luta por direitos e dignidade!