Em Mexilhão, Geplat promove verdadeiro “show de horrores” durante café da manhã

Cada dia pior

Ultimamente, os gestores, das plataformas, abrangidas pelo Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, parecem que estão em uma competição para ver quem “apronta” mais com a força de trabalho. Por lá ninguém passa ileso! Dessa vez, os petroleiros da plataforma de Mexilhão tiveram que presenciar uma cena lamentável e constrangedora.

Segundo denúncias, durante um café da manhã na plataforma, o Geplat começou a gritar, no meio do refeitório, com um petroleiro terceirizado e não satisfeito foi até a porta da cozinha e continuou com o “show de horrores”. O constrangimento foi geral porque a atitude foi completamente desnecessária. Segundo relatos “parecia estar falando com um cachorro”!

Tudo isso porque o trabalhador estava com dificuldade de comunicação enquanto servia a refeição e acabou tendo que proferir palavras. É importante destacar que os dois interlocutores estavam usando máscaras. Com a chegada da pandemia foi adotado um protocolo de saúde que proíbe a comunicação entre os trabalhadores na rampa de alimentos.

Diferente do ocorrido, a situação poderia ter sido resolvida com uma orientação em uma conversa privada e atuando na base do problema que á a dificuldade de comunicação entre os trabalhadores. O gestor tem que encontrar mecanismos que ajudem nessa interação, mas orientação, negociação, gestão, tem sido apenas meras palavras sem significado algum por boa parte da liderança. Elas foram substituídas por assédio e imposição.

A atitude do Geplat, em relação aos contratados, não é isolada. Um bom exemplo do que ocorreu durante o período de imposição da escala de 21 dias é que a atual gestão da Petrobrás orientou que as empresas terceirizadas se adequassem a esse tipo de escala, mas que após decisão liminar conquistada pelo Sindipetro-LP e FNP, que obrigava o retorno dos 14 dias, não houve a mesma postura.

Nesse momento, cabe a conscientização desse Geplat em vários aspectos, mas acima de tudo admitir, em voz alta, o erro que cometeu atrelado a um pedido de desculpas. Será que ele só sabe gritar quando quer promover o assédio coletivo?