Disposição de luta dos petroleiros da UTGCA adia início da parada de manutenção e resulta em grandes avanços

Vitória

Todo dia é dia de luta e nem mesmo o feriado da Revolução Constitucionalista atrapalhou o trabalho do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista. Na manhã desta sexta-feira (09) aconteceu a última rodada de assembleias com os trabalhadores da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba.

Ao longo da última semana, os petroleiros deliberaram sobre a proposta da empresa em adiar o início da parada parcial de manutenção para o dia 09 de agosto e manutenção do THM. Além disso, também deliberaram sobre aprovação ou não do estado de greve e assembleia permanente.

O saldo das assembleias foi extremamente positivo já que todos os avanços conquistados, na mediação da gerência da unidade com o Ministério Público do Trabalho (MPT), foram obtidos graças à disposição da força de trabalho que aprovou greve com o objetivo de ter uma parada de manutenção com maior segurança.

 A parada foi adiada em mais de 55 dias garantindo que quase 100% do efetivo, que for participar das paradas, tenha sido vacinado contra a Covid-19. A parada de manutenção é importante para manter os equipamentos em dia, no entanto, manter os trabalhadores em risco de contágio, apenas com uso de máscaras e álcool em gel e testes rápidos a cada 14 dias, conforme anuncia a empresa, não é o suficiente. O efetivo de trabalhadores aumenta de forma exponencial e era nítido e notório que os casos de Covid-19 poderiam explodir na unidade.

Esse empenho também resultou na garantia da manutenção do THM de turno em 168 horas e com isso, nenhum dos trabalhadores do turno vai precisar se deslocar para o horário administrativo. Além disso, também ficou garantida a relação de trabalho e folga de 1x1,5. Uma outra grande vitória dos trabalhadores foi também a presença do sindicato no acompanhamento das paradas. O THM dos trabalhadores do regime administrativo é de 200 horas mensais e do turno 168 horas mensais. Se o trabalhador do turno for transferido para o adm irá trabalhar 32 horas a mais por mês sem receber essa diferença.

A mediação junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) foi muito bem sucedida, mas ainda não acabou. O próximo passo junto ao órgão é definir a pendência em relação ao efetivo, mas até agora a força e a unidade dos trabalhadores trouxeram grandes resultados. Todos esses avanços são provas de que com esse espírito aguerrido podemos avançar sempre mais. Os mais de 60 anos de história e representatividade do Sindipetro-LP já desmontaram isso.

O Sindipetro-LP, através da sua diretoria, parabeniza a força de trabalho que provou que somente com união, solidariedade e disposição para lutar é que podemos avançar cada vez mais!