Petrolino mete bronca: empresas lucram economizando com marmitas baratas para os terceirizados

Tira a mão da minha marmita!

Com a mudança da comida in natura, que antes era servida aos petroleiros dos Terminais Transpetro, os petroleiros próprios passaram a receber vale refeição/alimentação e os terceirizados marmitas para suas refeições.

Na unidade de Pilões, em Cubatão, assim que foram extintos os contratos com o restaurante que atendia o terminal, nos quais cada refeição custava em torno de R$ 42/46 e incluía frutas, sucos, duas opções de carne, sobremesa e ovos fritos, servidos a todos os trabalhadores, as contratadas viram a possibilidade de gerar lucro economizando na compra de marmitas. 

Durante um período as refeições foram servidas com uma certa variedade de carnes, no entanto, alegando aumento dos itens da cesta básica, gás de cozinha etc, o restaurante contratado disse não poder manter o mesmo serviço pelo preço cobrado, em torno de R$ 16 por refeição. 

Ao invés de aceitar o aumento apresentado pelo restaurante, afinal estão economizando em torno de R$ 30 por refeição, ou buscar outras opções para manter a qualidade das refeições servidas, os donos das “gatas” optaram por determinar que se mantivesse o valor de R$ 16 por marmita, mas que fossem servidas somente opções mais baratas de carnes. Desde então, os trabalhadores recebem como opções somente bisteca, frango ou costela bovina, que além de se repetirem durante toda semana, perderam a qualidade.

As empresas estão, literalmente, ganhando com a má alimentação de seus funcionários, uma vez que a maioria dos contratos com a Petrobrás foram assinados antes mesmo que a mudança da alimentação in natura para VA/VR fosse feita. Onde estão os fiscais de contrato para verificarem isso? E a gerentada, está de acordo com essa prática na Transpetro?