Surto de covid-19 atinge cerca de 25 pessoas em embarcação de terceirizados da Petrobrás

Risco de mais pessoas estarem com o vírus

O Sindipetro-LP recebeu denúncia de que um surto de covid-19 se instalou dentre os trabalhadores terceirizados que ocupam o Flotel Vênus, que está acoplado na área da plataforma Cidade de Santos. Segundo a denúncia, 25 pessoas estão isoladas com suspeita de covid-19.

Apesar do risco, as notícias que chegam informam que mais pessoas podem estar com o vírus, pois os trabalhadores que não estão isolados estão sendo obrigados a trabalhar juntamente com outros que são contactantes de casos suspeitos ou mesmo diretamente com sintomáticos.

Diante das denúncias e do risco de contaminação de toda força de trabalho, o Sindipetro-LP enviou ofício à Petrobrás questionando a veracidade da informação e cobrando se já existe equipe de saúde sendo mobilizada para realizar teste em massa, tanto no Flotel quanto na plataforma.

Os chefes do Flotel estão mantendo os trabalhadores sob forte pressão e constrangimento, inclusive provocando cenas como a que nos relatam, de que na manhã desta quinta-feira (12), enquanto os trabalhadores do Flotel chegavam na área da plataforma, os demais trabalhadores da embarcação saíram do local, com medo de serem contaminados. Mesmo diante dos riscos e constrangimento, os chefes estão mantendo os trabalhadores do Flotel na área da plataforma Cidade de Santos, para forçar a liberação de serviços, mas a preocupação é tamanha, que os trabalhadores estão reivindicando o direito de recusa para não trabalharem em contato com o pessoal do Flotel, com medo de se contaminarem. Apesar da recusa na parte da manhã, outra tentativa de liberação de PTs foi tentada à tarde.

Mesmo depois de inúmeros pedidos da FNP e sindicatos em reuniões com a Estrutura Organizacional de Resposta (EOR), para que a empresa revelasse o número de trabalhadores terceirizados infectados pela covid-19, desde o início da pandemia, a Petrobrás mantém essa informação em segredo, dificultando as ações das equipes de saúde e dos sindicatos que ajudariam a apresentar medidas para conter a doença dentre a categoria. Até o final do dia, quando essa matéria foi publicada, a Petrobrás não negou ou confirmou a veracidade das informações em resposta ao ofício.

Seguimos acompanhando a situação e cobrando resolução do problema.