Semana da Diretoria é marcada por ato em defesa da vida dos trabalhadores do Terminal da Alemoa

De 16 a 20 de agosto

Mais uma semana de desafios frente à gestão bolsonarista da Petrobrás.  A categoria petroleira vem sentindo “na pele” os efeitos dos ataques sucessivos que vem sendo impostos para promover o desmonte da empresa e encher o bolso dos acionistas. A segurança nas unidades tem sido negligenciada em nome de uma economia que nunca existiu quando se trata em obter lucros.  Nesse ano a bolada dos acionistas chegou aos incríveis  R$ 31,6 bilhões. É a maior distribuição de remunerações na história da Petrobrás. O último recorde tinha sido de R$ 29,5 bilhões em 2009, em valores atuais deflacionados pelo IPCA.

Diante de tanta “afronta” os dirigentes do Sindipetro tem persistido no trabalho de base e a quantidade de denúncias e cobranças em mesa de negociação com o RH da empresa. Na segunda-feira (16) foi dia de panfletagem na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, e Terminal da Alemoa, em Santos. No mesmo dia a diretoria se reuniu  para debater os problemas das bases e traçar estratégias para sanar das demandas da categoria do Litoral Paulista.

Na terça-feira (17) foi a vez dos diretores fazerem trabalho de base no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A tarefa, que vem sendo feita toda semana, se estende até quinta-feira e busca atender os petroleiros embarcados das plataformas de Merluza, Mexilhão, P-66, P-67, P-68, P-69 e P-70. Os embarcados têm sido foco central dos sucessivos ataques da gestão da Petrobrás que tem permitido que as unidades offshore sejam focos constantes de surtos de Covid-19. No mesmo dia a Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista esteve na na Portaria 10 da RPBC, em Cubatão, para  panfletar boletim feito em conjunto com o Sindipetro-SJC e Unificado de São Paulo. O material trata sobre a terceirização irrestrita que avança a passos largos e a “toque de caixa” no Sistema Petrobrás.

A reunião dos dirigentes do Sindipetro-LP e com os membros da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) também acontece todas as semanas e servem para alinhar a diretoria dos cinco sindicatos frente aos embates diários. Além disso, outra atividade que é realizada semanalmente são reuniões com os membros do Fórum em defesa dos participantes da Petros/AMS, com Cabeças Brancas para discutir a situação da AMS e com o EOR da Petrobrás. As reuniões com o Grupo de Trabalho - Conselho Sindical Reg da B. S. e o GT Comunicação - Contra a Privatização da Petrobrás acontecem todas as quartas-feiras.

Na terça-feira (17) o coordenador do Sindipetro, Fábio Mello, também participou da live promovida pelos Sindipetros Litoral Paulista, São José dos Campos e Unificado de São Paulo. A iniciativa conjunta foi realizada para debater a terceirização no Sistema Petrobrás.

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, através da sua diretoria, também esteve apoiando o ato dos servidores públicos de Cubatão, inclusive emprestando o carro de som. O ato teve por objetivo protestar contra o Projeto de Lei Completar (PLC) 54, apresentado pela prefeitura de Cubatão. O PLC 54 é um novo ataque contra os trabalhadores porque retira direitos e benefícios e acaba com os diretores de escolas concursados.  No Litoral Norte, o Fórum dos Sindicatos do Litoral Norte, o qual o Sindipetro faz parte, participou, na manhã da quarta-feira (18) do ato em defesa dos serviços públicos em São Sebastião, comandado pelo Sindiserv de São Sebastião. Os atos se somam a greve nacional contra a reforma administrativa, encabeçada por  servidores públicos das três esferas, que tramita no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda Constitucional 32/2020.  No mesmo dia os dirigentes se reuniram com a Comissão Permanente – SMS e participaram da Reunião da CISTT.

Na quinta-feira (19), os petroleiros próprios e terceirizados do terminal Transpetro Alemoa participaram de ato contra a diminuição do efetivo, que ameaça a segurança operacional da unidade, a vida dos trabalhadores e da comunidade circunvizinha. O ato contou com o reforço dos sindicatos da construção Civil e dos metalúrgicos. Contrariando o que havia dito em mesa, em reunião com o Sindipetro-LP, de que não reduziria o efetivo, o gerente geral da Alemoa está abrindo mão de cerca de 13 operadores até novembro, o que equivale a um turno inteiro a menos na unidade, dentre cedidos pela Petrobrás e que serão devolvidos à holding, e outros com idade para se aposentar. Além da perda de profissionais experientes, tudo acontece sem a devida reposição por meio de concursos públicos. A noite foi a vez do diretor do Departamento Jurídico e secretario geral da FNP, Adaedson Costa, presidir a live que tratou sobre a RMNR e  debateu a decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou decisão de 2019 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os dirigentes ainda participaram da 06ª Reunião da CIPA UTE-CBT Gestão 2021.

A sexta-feira (20) encerra com reunião de Departamento Jurídico que trata sobre o andamento das ações e novos processos que serão pleiteados junto á justiça. Além disso, o Sindipetro participou da Reunião do Conselho Político da Auditoria Cidadã e da perícia que aconteceu na RPBC, em Cubatão, para tratar sobre riscos químicos e agentes insalubres. No período da tarde acontece a reunião ampliada com petroleiros das plataformas e jurídico. Em pauta, treinamento online e presencial, hotel, transporte e acúmulo de funções. O trabalho é incansável, mas tem rendido frutos. É importante destacar que, em caso de emergência ou denúncias, tanto os diretores de base quanto os liberados podem ser contatados através do celular/whatsapp (clique aqui).