Luta unificada contra a terceirização foi destaque na agenda da semana da Diretoria

De 23 a 27 de agosto

As atribuições da Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista estão se avolumando em função dos desmandos dos gestores das unidades que rezam a mesma cartilha da alta cúpula da Petrobrás. Haja vista,  o crescimento vertiginoso de processos contra a atuação do RH da empresa e as denúncias, que chegam por intermédio da força de trabalho, que multiplicam a cada semana.

Diante disso, a agenda da Diretoria está mais disputada do que nunca. Nessa semana, os dirigentes se reuniram com o SMS da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, e com a Eneva PA/AM. No mesmo dia aconteceu a reunião de diretoria para debater a situação das unidades do Litoral Paulista.

Na terça-feira e quarta-feira foi a vez dos diretores fazerem trabalho de base no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A tarefa, que vem sendo feita toda semana, busca atender os petroleiros embarcados das plataformas de Merluza, Mexilhão, P-66, P-67, P-68, P-69 e P-70.

A reunião dos dirigentes do Sindipetro-LP com a diretoria da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) também acontece todas as semanas, na terça-feira, e tem por objetivo alinhar a diretoria dos cinco sindicatos frente aos embates diários causados pela atual gestão da Petrobrás.  Na terça (24) os dirigentes da FNP se reuniram com os dirigentes das FUP para tratar da situação do Banco de Horas. Além disso, outra atividade que é realizada semanalmente são reuniões com os membros do Fórum em defesa dos participantes da Petros/AMS, com Cabeças Brancas para discutir a situação da AMS e com o EOR da Petrobrás.

Na quarta-feira (25), o coordenador geral do Sindipetro-LP, Fábio Mello, participou  de um bate papo no Manhã RBA Litoral. Em pauta,  os desafios da categoria petroleira diante dos ataques do Governo Federal contra a Petrobrás. No mesmo dia o Sindipetro participou de perícias na RPBC. As reuniões com o Grupo de Trabalho - Conselho Sindical Reg da B. S. e o GT Comunicação - Contra a Privatização da Petrobrás acontecem também as quartas-feiras. No mesmo dia aconteceu a audiência bilateral no TST com Petrobrás x FNP e FUP, com a participação do diretor do Sindipetro-LP Adaedson Costa, referente à mediação provocada pela FNP para tratar do Banco de horas. Em um primeiro momento, a empresa se negava a negociar, mas diante do ministro mudou o discurso, que lhe deu 15 dias para apresentar proposta. 

A quinta-feira (26) começou com ato unitário na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos. Os sindipetros Litoral Paulista, Unificado SP,  Minas Gerais, PR/SC e de São José dos Campos participaram da  mobilização. O ato unificado faz parte de uma caravana de lutas encabeçada pelos sindipetros do Estado de São Paulo que estão unidos contra a terceirização das áreas operacionais das refinarias, terminais e termoelétricas, intensificadas neste ano graças ao plano de privatização do governo Bolsonaro.

A iniciativa pretende enfrentar a privatização orquestrada por Paulo Guedes, que caminha a passos largos com a venda de ativos da Petrobrás e de outras estatais, como Eletrobrás e Correios, e que começa com a terceirização de setores chave das unidades, abrindo as portas para empresas privadas, que ainda pretendem capacitar a mão de obra de seus futuros ativos com treinamento passado pelos trabalhadores próprios do Sistema Petrobrás.

A sexta-feira (27) conta com Audiência de Mediação da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA). A semana de atividades se encerra a ação da venda de gás a preço justo que irá acontecer no Jardim Rádio Clube. A ação é organizada pelo Observatório Social da Petrobrás e visa conscientizar a população que o preço do gás de cozinha e dos combustíveis seria bem mais barato se não houvesse o PPI.