Gerente Geral da UTGCA descumpre acordado com Ministério Público do Trabalho e sindicato

Intransigência

A gestão da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) tem primado por práticas completamente descabidas dentro da unidade. A última delas aconteceu nesta quinta-feira (02) quando o Gerente Geral da unidade impediu que os dirigentes do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista realizassem vistoria durante a parada de manutenção. O pior de toda essa situação é que essa vistoria foi mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e nem mesmo isso intimidou o chefete. Ele afirmou, de forma bem categórica que “se não for desta forma, a inspeção não vai acontecer”

A situação não para por aí. O GG também estabeleceu que essa vistoria deveria ser feita apenas com a presença dos gerentes de SMS, setorial e da patrimonial de vigilância o que em momento algum foi acordado entre as partes na conciliação. Além disso, na ocasião, o GG da UTGCA propôs a indicação do presidente da CIPA para acompanhamento as vistorias agendadas. O que acabou sendo vetada pelo próprio gestor que incluiu, por vontade própria, a participação dos chefes dos vigilantes como uma clara conduta de intimidação perante a força de trabalho.

Diante disso, os dirigentes do Sindicato solicitaram a presença do gerente geral para explicar sobre a participação da vigilância da unidade e a exclusão dos representantes dos cipeiros, mas se depararam com alguém que não queria negociar e que apresentava uma conduta intransigente. 

Assim, frente a tal imposição, que contrariava a reunião de mediação com o MPT, não restou alternativa senão os sindicalistas se retirarem da unidade.  A presença de gerentes e da segurança durante a inspeção inibiriam os trabalhadores de denunciar as reais condições de trabalho, bem como, se estão sendo respeitados os protocolos de segurança, higiene e medidas de prevenção a COVID-19, vacinação, entre outros.

Foi erro atrás de erro, mas tudo muito bem calculado pelos representantes da empresa para que nenhum trabalhador quisesse denunciar qualquer intercorrência. O nome disso é assédio e da pior espécie.  Um tremendo tiro no pé porque se não há nada de errado, não há o que esconder. Isso comprova que “tem gato na tuba” e que a empresa não está cumprindo os protocolos e as diretrizes.

Essa não é a primeira vez que a gerência da UTGCA impede a presença de representantes sindicais na área, ou mesmo, criam obstáculos para o acesso à unidade. Um exemplo disso é que foi dificultado o acesso e o acompanhamento dos diretores do sindicato em uma diligência oficial de auditores fiscais, realizada em 27 de agosto de 2017, que solicitaram a presença da representação sindical na unidade. A visitação só foi liberada mediante determinação expressa dos auditores que estavam presentes no local.

Essa conduta não é isolada na UTGCA e vem acontecendo em outras unidades do Sistema Petrobrás. A atitude desses gestores da Petrobrás está alinhada com a atual gestão bolsonarista da empresa. Tais práticas impedem o crescimento de todo o Sistema Petrobrás e favorece a privatização, inclusive com a perda dos próprios empregos. Essa postura tem que acabar porque a lei existe para ser cumprida e respeitada. O nosso Departamento Jurídico já provou, através de diversas ações vitoriosas, que a lei existe e que ela, na grande maioria das vezes, está ao lado da força de trabalho.