Petroleiros realizam ato em apoio a greve dos terceirizados da Limpid, em São Sebastião

No Tebar

Nesta sexta-feira (29), os trabalhadores do turno e administrativo do Termina de São Sebastião (Tebar), participaram de um atraso em apoio à greve dos empregados da Limpid, iniciada na terça-feira (26), após os terceirizados rejeitarem a proposta de empresa de reajuste de 10,42%, sendo metade neste ano e o restante em janeiro de 2022.

O ato foi feito juntamente com os terceirizados em greve e o sindicato dos Metalúrgicos, das 7h às 9h30. 

Durante o atraso, a diretoria do Sindipetro-LP falou com os petroleiros próprios sobre as tabelas de turno; sobre a Associação Petrobrás de Saúde (APS) e AMS; vacinação contra o coronavírus; sobre política de preços de paridade de importação (PPI) e sobre a lógica nefasta da privatização do governo Bolsonaro.

Para os petroleiros, os problemas com as contratadas no sistema Petrobrás, o PPI e a criação da APS para gerir o plano de saúde da categoria, bem como o combate ineficiente à covid-19, feito pela atual gestão da companhia, refletem a gestão do governo Bolsonaro, que aposta no desgaste da empresa junto à opinião pública, elevando os preços dos combustíveis constantemente, para vender a privatização como única solução possível para o aumento dos preços. 

Mas para que isso aconteça, é preciso baixar custos com mão de obra, o que recai na contratação de empresas terceirizadas sem lastro financeiro para custear seus empregados até o fim de um contrato, sucateamento do plano de saúde dos petroleiros e qualquer economia que automaticamente se torna em dividendo para acionistas.

Sem um plano efetivo para acabar com a crise econômica que o próprio governo criou por total incompetência, Bolsonaro se agarra a pauta da privatização para garantir o apoio do mercado, que está de olho na Petrobrás, mas que no entanto, diante de tantos escândalos de corrupção e com uma sociedade mobilizada contra a venda da maior empresa do Brasil, não encontrará base jurídica para apoiar esse disparate.

Somente a mobilização dos trabalhadores é capaz de frear a sanha privatista que se tornou palavra de ordem do governo Bolsonaro e essa luta requer melhores salários e condições de trabalho também aos terceirizados.