Gestão da RPBC retrocede na organização dos trabalhadores durante parada de manutenção

THM

Em reunião realizada nesta segunda-feira (24), a gestão da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, e o corporativo da Petrobrás demonstraram em mesa de negociação, mais uma vez, que a ordem é economizar. O Sindipetro-LP esteve reunido com esses gestores para receber as devolutivas do que foi discutido em uma reunião na última sexta-feira (21) que tratava assuntos ligados a parada da URA, URC e destilação que acontece a partir de amanhã.

Além das medidas sanitárias, distanciamento social, fornecimento de EPIs e mascara PFF2 e organização do restaurante para evitar filas e aglomeração, discutido na reunião, o pleito principal dos representantes do Sindipetro-LP era o adiamento da parada de manutenção, devido ao aumento das contaminações crescentes pela Ômicron e H3N2, que foi rejeitado já na primeira reunião, segundo a empresa, devido a prazos relacionados à segurança, como NR13. O sindicato reiterou a importância de se conceder visitas para o acompanhamento das medidas sanitárias exigidas. Quanto a esse pleito foi prontamente atendido, mas como sempre existe um “porém”, por parte da gestão da unidade e da Petrobrás, o acordo que havia sido pactuado em relação à parada da UFCC em fevereiro de 2021 foi retirado. Na época os representantes da RPBC não alteraram o Total de Horas Mensais (THM) e cancelaram a redução do quadro mínimo dos técnicos de segurança, suspendendo assim a greve aprovada em assembleias.  Diante dessa intransigência, os trabalhadores terão que ser consultados novamente de modo a se manter esse direito já pactuado anteriormente.

Durante a discussão, o Sindicato deixou claro que a empresa precisava rever seu posicionamento e manter o que foi pactuado há quase um ano. Tal conduta também contraria o discurso sanitário implementado pelo EOR onde, no dia 10 de janeiro, de maneira unilateral, modificou o regime de turno de 8 horas para 12 horas cujo único intuito seria a proliferação da variante Ômicron e do vírus da gripe H3N2.  Na prática do dia a dia ficou mais do que provado que o que chefia fala não se escreve já que, contrariando agora essa determinação, retornará com todos os trabalhadores de turno para 8 horas de jornada de trabalho para que realizem a parada de manutenção. Um tremendo absurdo!

Tal postura é uma repetição sem fim da velha conduta da atual gestão da empresa que é reduzir gastos com a força de trabalho em detrimento da vida. Diante disso, durante as consultas que serão feitas para a escolha de tabela de turno também será tratado a questão da parada de manutenção na refinaria.

Clique no video abaixo e veja o recado do coordenador gerla do Sindipetro-LP, Fábio Mello.