Gestores cometem infrações de regras da Petrobrás durante visita de Bolsonaro ao GASLUB, no Rio de Janeiro

Sem o uso de máscara

Num momento em que há um alerta de preocupação nacional sobre o número de leitos disponíveis para o atendimento aos infectados pela variante Ômicron, Bolsonaro fez visita nesta segunda (31) ao GASLUB acompanhado do presidente da empresa, o general Joaquim Silva e Luna, e membros da Diretoria que participaram do evento em local fechado e sem o uso de máscara. Tanto esses gestores quanto a comitiva do presidente desrespeitaram o Decreto Estadual e os procedimentos internos da própria estatal que obrigam ao uso de máscaras em locais fechados.

No dia 13/01, em resposta à mídia, a estatal afirmou em nota oficial que “o trabalho presencial segue padrões de segurança, como testagem, distanciamento físico, uso obrigatório de máscaras, procedimentos de higienização de mãos e equipamentos; entre outros”. Nada parecido com o que aconteceu hoje no GASLUB.

Bolsonaro e essa turma em nada mais surpreende a população, mas os gestores que vivem cobrando regras dos empregados é caso de saber se serão punidos, como ameaçam os empregados diuturnamente através de mensagens e ações diversas. Está na hora de um basta de descumprimentos das normas de segurança como tem acontecido ultimamente na Petrobrás.

Direção da Petrobrás impede acesso do Sindipetro-RJ ao GASLUB a mando de Bolsonaro
Na manhã desta segunda-feira (31/01), um grupo de integrantes do Sindipetro-RJ, composto por diretores e representantes de outras categorias, como professores, foi impedido pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) de acessar ao GASLUB, em Itaboraí-RJ, onde realizaria uma panfletagem durante a visita do presidente Jair Bolsonaro, pedindo a retomada dos investimentos na unidade.

O fato aconteceu quando uma van fretada pelo Sindicato foi parada em uma barreira no acesso ao GASLUB, sendo que a ordem, segundo os oficiais PMs, foi expressamente determinada pela direção da Petrobrás.

Mais uma vez fica evidente a recusa do atual presidente da República em lidar com o contraditório, em não aceitar opiniões divergentes contra o seu governo entreguista do patrimônio brasileiro, cerceando o direito de manifestação daqueles que não são a favor de suas políticas que destroem estatais brasileiras como a Petrobrás. Fica claro também, o desprezo da atual direção bolsonarista da empresa pela democracia, tentando calar a atividade sindical.

Bolsonaro e comitiva não usam máscaras
Além disso, componentes da comitiva presidencial, além do próprio Bolsonaro, circularam sem máscaras de proteção à COVID-19 pelas dependências do GASLUB, expondo a risco de contaminação todos que ali trabalham. O Sindipetro-RJ lembra que o uso de máscara é obrigatório não apenas pelos regulamentos vigentes na estatal, mas também pela legislação estadual.

Fonte: Sindipetro-RJ