Caos no mar
Desde o início da pandemia da Covid-19, os petroleiros vêm sofrendo com surtos da doença em seu local de trabalho. O número de trabalhadores contaminados aumenta cada vez mais. Diversas denúncias começaram a aparecer sobre o negligenciamento das indústrias de petróleo e gás com seus trabalhadores, que relatavam o descaso tanto nas plataformas como nos embarque. São exemplos: a falta de epi’s, a falta de orientação sobre a doença, jornadas de trabalho exaustivas e, até mesmo, casos de suicídio relacionados ao isolamento por grandes períodos.
Em uma matéria publicada no dia 28 de janeiro de 2022, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) denunciou a empresa Petrobras que contava, aproximadamente, 1.500 trabalhadores contaminados. Além disso, a federação relatou o “sofrimento dos trabalhadores obrigados a dobrar horários e a falta de cuidados médicos aos contaminados”.
Diante disso, diversos sindicatos e trabalhadores do ramo petroquímico e instituições de ensino e pesquisa em Saúde do Trabalhador do Brasil assinaram a Carta de Repúdio às Condições dos Trabalhadores da Petrobras no cenário da Pandemia da Covid-19. Clique, aqui, para a leitura.
O Informe ENSP conversou com o diretor da Federação Única dos Petroleiros-FUP pela Secretária de Saúde, Meio Ambiente e Segurança Antônio Raimundo Teles Santos, com o diretor da Frente Nacional dos Petroleiros e do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) do Litoral Paulista Marcelo Silva de Lima e com uma das coordenadoras da Rede de Informações e Comunicação sobre a exposição ao SARS-CoV-2 em trabalhadores e trabalhadoras no Brasil Liliane Teixeira a respeito da atual situação dos petroleiros. Confira a matéria no podcast abaixo:
Fonte: Fiocruz