Petrobrás: o que os pré-candidatos à Presidência da República planejam para os próximos anos da empresa

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Com o aumento do preço do petróleo no mercado internacional e a notícia de que a gasolina havia chegado a R$ 8 o litro em Angra dos Reis (RJ) na semana passada, os pré-candidatos à Presidência passaram a destacar o que planejam para os próximos quatro anos da Petrobras.

Na quinta-feira (3), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, caso seja eleito, não vai manter o combustível dolarizado e fará com que o Brasil tenha direito de receber dividendos quando a Petrobras der lucro.

"Nós não vamos manter o preço da gasolina dolarizado. É importante que o acionista receba seus dividendos quando a Petrobras der lucro, mas eu não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa da gasolina", afirmou o ex-presidente e pré-candidato do PT nas eleições de outubro.

Pré-candidato pelo PDT, o ex-ministro Ciro Gomes afirmou que pretende acabar com a paridade de preços internacional e que, caso seja presidente, vai fazer com que a Petrobrás cobre um custo de produção no Brasil, acrescido de um lucro em linha com as petroleiras internacionais.

"Esse lucro especulativo da Petrobrás se transfere tudo para meia dúzia de acionistas minoritários que são banqueiros e seus sócios estrangeiros. Isso tudo vai acabar no meu governo", afirmou o pré-candidato.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) justificou o aumento dos combustíveis à má gestão do governo anterior e pediu ajuda aos parlamentares para zerar os impostos do diesel e buscar alternativas para os demais combustíveis.

O ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro, pré-candidato pelo Podemos, afirma ser favorável à privatização para redução dos preços dos combustíveis. Para ele, o aumento de preços ocorreu pela instabilidade política do atual governo, que resultou na desvalorização do real.

O governador de São Paulo, João Doria, pré-candidato pelo PSDB, por sua vez, também defende a privatização da estatal para "torná-la mais competitiva". Se Doria for eleito, a Petrobras poderá ser dividida em até quatro empresas com diferentes proprietários, que deverão contribuir mensalmente em um fundo de compensação para "uso de mercado".

Fonte: G1