RPBC e UTE escolhem tabela de turno e aprovam greve por acordo de parada a ser definido pelas partes

Trabalhadores unidos!

Os petroleiros da RPBC e UTE Euzébio Rocha definiram, nesta segunda-feira (7), a tabela de turno que a categoria pretende seguir com a mudança para o turno de 12 horas. A escolha mais votada em todas as assembleias, que começaram no dia 28, foi pela Tabela 2 (4x6).  A categoria também aprovou assembleia permanente. 

Além da escolha da tabela, a categoria autorizou sindicato a exigir da empresa que ajuste a minuta para atender os interesses dos trabalhadores, incluindo os termos enviados na carta compromisso apresentada pela empresa sobre turno de 12 horas (veja os termos aqui). O pleito da categoria também é para que a empresa faça ajuste na cláusula 4 parágrafo 2°.

Para os trabalhadores, a empresa deve assinar compromisso por escrito na minuta, de que a partir de 30/01/2020, para todos os fins, a tabela atende todos os princípios legais, não retirando o passivo da ativa. A tabela em questão é a que estamos seguindo até o momento, salvo nos períodos de ajuste devido à pandemia do coronavírus.

Assim, o recado foi dado pelos trabalhadores. Caso a empresa não reavalie sua posição de negar os ajustes propostos pela categoria, conforme minuta redigida pelo sindicato como contraproposta (veja aqui), não restará alternativa aos trabalhadores, se não fazer valer o legítimo direito de greve para a implementação da tabela escolhida.

A votação dos grupos aconteceu nas datas, como segue: Grupo 1, 28/01; Grupo 3, 31/01; Grupo 4, 01/02;  Grupo 5, 03/02; e G2 07/02.

Parada de manutenção
A categoria também aprovou a realização de greve, caso a empresa não defina, de uma vez por todas, um acordo sobre paradas de manutenção da UTE ou qualquer unidade operacional da UTE/RPBC. Dentre os tópicos que iremos apresentar está a manutenção do Total de Horas Mensais (THM) de 168 horas, sem alteração para o regime administrativo provisório de 200 horas. Pela proposta da empresa, o petroleiro irá trabalhar 32 horas a mais durante a parada, sem receber nada a mais por isso.

Os petroleiros querem que seja feito um acordo definitivo das paradas, para que não voltemos a discutir mudanças de regra todo ano. A categoria antes concordava com a modificação do regime, pois as horas extras geradas eram pagas no mês subsequente. No entanto, o item “parada de manutenção”, que estava contemplado no padrão, foi alterado de forma unilateral pela empresa em dezembro de 2020.

Em fevereiro de 2021 esse assunto foi discutido com a Petrobrás para parada de manutenção da UFCC e ficou estabelecido, na ocasião, que toda parada de manutenção na UTE e RPBC seriam feitas sem alteração do THM do turno. No entanto, como foi um acordo verbal, os gestores da empresa neste ano resolveram esquecer o que haviam se comprometido. Dessa forma, como o que os gestores da Petrobrás dizem não se garante, a categoria decidiu que não aceitará mais acordos verbais e quer tudo devidamente documentado e assinado pelas partes.

Portanto, como decisão das assembleias, por ampla maioria, está aprovada greve, que só não acontecerá se a empresa se sentar com os representantes do sindicato novamente para definir o acordo, uma vez que ficou claro que a palavra dos gestores da Petrobrás em mesa de negociação não tem nenhum valor.

Para resolver esse impasse, apenas com um acordo assinado. Do contrário, iremos exercer o sagrado direito de greve.

Estamos em luta!