Sob represália, Petroleiros da RPBC e UTE iniciam greve contra mudança do THM na parada de manutenção

Agora só com a Petrobrás cedendo


Nesta sexta-feira (18) foi dado início a greve na RPBC e UTE EZR, contra mudança do THM da categoria durante o período de parada de manutenção. A continuidade da greve depende agora da empresa, que precisa reavaliar seu posicionamento quanto à mudança unilateral do THM de 200 horas dos trabalhadores, e que vem tensionando a categoria, cancelando férias e ameaçando retaliação por participação na greve.

A diretoria do Sindipetro-LP participou de cinco reuniões com a empresa, nas quais nenhum avanço foi permitido por parte dos gestores da Petrobrás. A intransigência da empresa não tem razão de ser, a não ser por uma demonstração de forças entre gestores e petroleiros, uma vez que desde o ano passado, quando negociamos o THM em 168 horas com a empresa, os representantes do RH mudaram três vezes e a cada mudança eles tentam demarcar área, criando impasses com a categoria.

Na quarta-feira (16), um comunicado da Gestão de Processos assediou os petroleiros, informando o corte das férias programadas entre 19 de fevereiro a 15 de março, para “manter a disponibilidade de pessoal para assegurar a continuidade e segurança operacional”. O comunicado também “alerta” que a participação na greve acarreta “reflexos trabalhistas importantes para ao empregado”. Durante o ato hoje, a mando da gerência da unidade, a segurança da refinaria retirou as faixas que costumeiramente usamos em nossos atos, rasgando parte delas por pura truculência. A Polícia Militar e Rodoviária também foi acionada para tentar fazer recuar o movimento dos trabalhadores.

Durante a conversa com os trabalhadores hoje, o jurídico do Sindipetro-LP, representado pelo advogado José Henrique Coelho, esclareceu as razões da greve para os petroleiros e a legalidade do pleito da categoria, que não quer nada a menos que seja cumprido o acordo coletivo.

Seguimos todo rito burocrático para iniciarmos o movimento paredista e atendendo a decisão da categoria em assembleias, agora é greve!

Estamos em luta!