Diretoria do Sindipetro-LP se reúne com o RH da UN-BS para tratar de demandas dos trabalhadores do Edisa Valongo

Problemas

A Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista esteve reunida na manhã de quinta-feira (24) com o RH da UN-BS para discutir as demandas dos trabalhadores embarcados e do prédio do Edisa Valongo. 

O ponto alto da discussão é a situação dos petroleiros e petroleiras dos turnos do Edisa. Em outubro do ano passado os trabalhadores e trabalhadoras do SCRs e ISC deliberaram sobre assinatura da Minuta das Tabelas de Turno. Desde então, a gestão da empresa não fornece Documento Interno Petrobrás (DIP) ou qualquer documento que comprove que essas pessoas pertencem a um grupo de turno. Essa situação as deixa em um “limbo” causando vários problemas já que não existem nada que comprove o tipo de jornada de trabalho que laboram. O Sindicato cobrou em mesa a regularização desse impasse e os gestores afirmaram que no próximo dia 28 de março irá regularizar a situação que está parada devido à freezing do sistema que será encerrada no dia 26 de março. Além disso, a diretoria do Sindipetro cobrou que a empresa, através do RH, elabore um comunicado interno formal justificando a demora na resolução do problema e detalhando que tudo está atrelado a um sistema que está congelado e que em breve tudo será regularizado. 

A escala de frequência já tem “cadeira cativa” nas demandas do prédio. Todo mês a história se repete. Os trabalhadores têm problemas para ajustar a escala no sistema porque nela aparecem 8 horas quando na verdade a jornada é de 12 horas. O RH disse que é a mesma situação do turno e que no dia 26 de março iniciar o processo de reversão da situação.

O trabalho em home office também continua “rendendo pano para manga”. Lá se vão quase dois anos e até agora a gestão do Edisa não favoreceu em nada os trabalhadores que estão em casa produzindo para a empresa e pagando conta de água, luz, telefone, internet e limpeza.  Isso tudo representa uma grande economia nos gastos mensais do prédio e mesmo assim quem sai ganhando com isso tudo são os gestores que ficam com os PPPs nas alturas!. O famoso Robin Hood às avessas. Diante disso, é importante que os trabalhadores enviem sugestões de pauta para ser discutida no Congresso Paulista das FNP e assim encaminhada para a esfera nacional da categoria.

No que diz respeito à economia, o descaso com o contrato de transporte da UN-BS é grave.   Os problemas são inúmeros, mas todos se voltam para a falta de segurança dos trabalhadores. A gestão da Petrobrás trocou os programadores de transporte e extinguiu na prática, as medidas que fiscalizavam em campo, as condições dos veículos e os documentos profissionais de condutores em prol de pura e simples economia, contratando no lugar, uma ferramenta de mobilidade de transporte por aplicativo, sem o mínimo de comprovação de idoneidade, cursos de direção defensiva, transporte de passageiros, conhecimento das práticas de SMS da Companhia, como as regras de ouro, diretrizes de transporte e SMS e procedimentos internos.  

O RH entendeu os riscos denunciados e se comprometeu a buscar novas alternativas ou voltar com o sistema anterior. 

A Hora Extra por Troca de Turno (HETT) também foi pautada e o RH da empresa comentou que conversaria com os gerentes para que não restrinjam a qualidade da passagem de turno em detrimento da segurança da força de trabalho. A gerência de RH da UN-BS determinou que os trabalhadores  gastassem apenas 10 minutos na passagem de serviço para não ter que pagar hora extra já que a cláusula 14 do ACT da categoria determina isso.Com essa atitude, os gestores da empresa abrem precedentes para que o serviço seja conduzido superficialmente e por muitas vezes sem a documentação do estado de todos os equipamentos em seus registros e a situação de todos os trabalhos. O conhecimento das ordens de serviço em andamento é crucial para o andamento do processo produtivo e para a segurança da unidade offshore. É público e notório que grande parte dos acidentes que ocorrem nas unidades é por passagem de turno feita às pressas.