No 1º de Maio não faltam motivos para lutar, ir às ruas e mostrar quem é a mola propulsora do país

Dia Internacional dos Trabalhadores

Neste 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, não faltam motivos para irmos às ruas lutar contra os retrocessos e por mais direitos. Os trabalhadores, que produzem a riqueza do país, estão sendo atacados em seus direitos para pagar a conta de uma crise que não produziram. Em um país mergulhado numa profunda crise econômica, política e sanitária, com 11,9 milhões de desempregados, o preço desta crise vem sendo cobrado até agora exclusivamente da classe trabalhadora.

Reforma trabalhista, terceirização irrestrita, programa agressivo de privatizações, desmonte da Petrobrás e entrega do petróleo brasileiro ao estrangeiro. Esses são alguns dos ataques que o atual governo, a serviço do mercado financeiro internacional e do empresariado, está impondo ao povo brasileiro. E o pior, tudo isso em pouco mais de três anos!

Todas as conquistas, arrancadas após anos de luta, suor e sangue, estão sendo destruídas.

A origem desta data está justamente no enfrentamento, com sangue e morte de trabalhadores, contra os patrões. Trata-se de uma homenagem a uma greve em Chicago (Estado Unidos), iniciada num 1º de maio de 1886, que culminou numa manifestação três dias depois duramente reprimida por policiais e seguranças privados contratados pelos capitalistas locais. Quatro anos depois, na fundação da II Internacional, foi chamado um dia mundial de lutas para o 1º de maio seguinte e em seu 2º Congresso, de 1891, a data foi aprovada como Dia Internacional dos Trabalhadores.

Os planos de austeridade orquestrados por Paulo Guedes e sua trupe permitem demissões em massa, cortes nos salários, elevação dos impostos e ataque à previdência pública. Tantos ataques servem para a farra dos banqueiros. O governo Bolsonaro também afetou duramente o desempenho da economia, o crescimento do desemprego, o aumento da informalidade, ataques às liberdades, aos direitos, os cortes na educação, o aumento da violência com a liberação da venda de armas, inflação nas alturas, desmatamento desenfreado na Amazônia, escravidão e genocídio do povo negro. As necessidades básicas da população seguem sendo ignoradas e o número de famintos cresce a cada dia.

O governo Bolsonaro, sob a batuta de Paulo Guedes, também impôs uma agenda de reformas como previdenciária e trabalhista e segue uma agenda voltada única e exclusivamente ao capital estrangeiro e ao empresariado que tem atingido lucros exorbitantes graças à política promovida e assim surgem novos super-ricos.  

Petrobrás
No Sistema Petrobrás, a categoria está sendo forçada, pela alta cúpula da empresa, a perder seus empregos, direitos, sendo espoliados em seus salários ano após ano sem aumento real, e tendo suas vidas colocadas em risco como nas plataformas, refinarias e terminais, sob a falsa justificativa de reduzir gastos porque a empresa da prejuízo, mas que na realidade consiste em alimentar o apetite do capital em garantir somente seus lucros. Haja vista, o recorde de dividendos pagos aos acionistas que a cada ano aumenta ainda mais.

Os trabalhadores terceirizados do Sistema Petrobrás são os mais afetados pela quebra da economia. As empresas não pagam salários, atrasam benefícios e não cumprem contratos onde, por muitas vezes, deixam a força de trabalho sem receber as verbas rescisórias. Por isso, é urgente que lutemos pela manutenção do emprego. O desemprego só faz crescer e os planos de privatização aumentam mais ainda essa fenda social.

Neste Dia Internacional dos Trabalhadores, mais do que nunca, é necessário reafirmar a independência da classe trabalhadora e adentar na luta coletiva para barrar os ataques aos nossos direitos.