Petrobrás tem o maior lucro líquido entre as petroleiras do mundo no primeiro trimestre de 2022

Levantamento

A Petrobrás foi a petroleira que registrou o maior lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, mostram dados compilados pela consultoria financeira Economática, a pedido do Estadão. Conforme o levantamento, o lucro líquido da Petrobrás nos três primeiros meses do ano, de US$ 9,405 bilhões, foi quase o dobro dos US$ 5,480 bilhões registrados pela americana Exxon Mobil, a maior petroleira do mundo em valor de mercado.

Ao rebater as críticas que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez ao tamanho do lucro da estatal, na noite de quinta-feira, 5, o presidente da Petrobrás, José Mauro Coelho, disse na sexta-feira, 6, que a disparada das cotações internacionais do petróleo turbinou os resultados de todas as petroleiras do mundo e que o lucro da estatal brasileira está no “mesmo patamar” do lucro das demais empresas.

Entre as dez maiores companhias que já divulgaram resultados do primeiro trimestre, o lucro da Petrobrás foi maior do que o registrado por petroleiras que faturaram mais, como Chevron, BP, Petrochina, CNOOC, Eni Spa – a anglo-holandesa Shell ainda não divulgou o balanço financeiro do primeiro trimestre. A maior receita do mundo ficou com a Petrochina, que faturou US$ 122,929 bilhões no primeiro trimestre. Mesmo assim, a petroleira chinesa teve lucro líquido de US$ 6,161 bilhões, segundo os dados da Economática.

Todas as principais petroleiras do mundo viram suas receitas saltarem na comparação com 2021. A maioria também experimentou uma disparada no lucro líquido. Foi o caso da Exxon Mobil (100,7% a mais), Chevron (alta de 354,5%), Conocophillips (mais 486,5%), Petrochina (46% mais) e CNOOC (avanço de 1.315,9%). Mesmo nesse quesito, a Petrobras foi destaque absoluto, com disparada de 4.492% ante o primeiro trimestre de 2021.

Já a margem líquida de lucro da Petrobrás ficou em 29,7% no acumulado em 12 meses até março de 2022, a maior entre as dez maiores petroleiras, batida apenas por empresas americanas de menor porte, como Coterra Energy e Continental Resources.

Fonte: Estadão