Dia do geólogo: é tempo de comemorar a data dos profissionais que lançaram a Petrobrás para o mundo

30 DE MAIO

Em 30 de maio comemora-se o Dia do Geólogo. A data foi estipulada em alusão a aprovação do Projeto de Lei nº 2028/60, em 30 de maio de 1962, sendo criada a Lei nº 4.076, que regulamenta a profissão de geólogo.

A presença da geologia na rotina das pessoas vai desde os aparelhos eletrônicos que são utilizados graças ao uso de recursos minerais como ferro, alumínio, cobre a descobertas de grandes riquezas naturais como a camada pré-sal. O geólogo também é quem estuda a composição, origem e estrutura da crosta terrestre, além das suas transformações; estuda fósseis e minerais; faz levantamentos geofísicos e geológicos, analisando, coletando e interpretando dados e gerenciando amostras. Ele também está presente em grandes obras, como de metrô, de túneis e de hidrelétricas, analisando as rochas e o solo e montando um estudo relacionado ao impacto ambiental e o quanto esses projetos são viáveis.

Na exploração do petróleo, o objetivo do geólogo é encontrar hidrocarboneto, que pode ser sólido (betume ou xisto), líquido (petróleo) ou gasoso (gás natural). É a partir desse estudo que o profissional aponta a área com potencial de produção para as petrolíferas.

A busca por petróleo contribuiu para a criação dos primeiros cursos de geologia no Brasil. Graças à criação da Petrobrás, em 1953, a demanda por profissionais da área aumentou. A empresa formou os primeiros trabalhadores e assim contribuiu para a criação dos cursos de geologia no Brasil. Para que as outras universidades brasileiras pudessem contar com programas de formação em geologia como o oferecido pela Petrobrás, o governo, da época, lançou a Campanha de Formação de Geólogos (Cage), que estimulou a criação das vagas de geologia em algumas unidades como, por exemplo, de São Paulo.

Diante disso, a Petrobrás transformou seu curso em uma especialização voltada apenas à geologia do petróleo, oferecida para aprimorar as habilidades dos geólogos brasileiros de acordo com suas demandas de trabalho e pesquisas. Em 1968, com a descoberta do primeiro poço em águas profundas, a estatal passou a investir em cursos para a exploração de petróleo na plataforma continental.

Um país, como o Brasil, berço do pré-sal, tem uma demanda muito grande desses profissionais, mas falta mão de obra qualificada para atuar no mercado de geologia. Por ano são formados apenas 300 profissionais, o que não é suficiente para a demanda do mercado. Na Petrobrás existem mais de 1 mil geólogos atuando em todo o sistema

Temos como exemplo, Guilherme Estrella, graduado em 1964 pela Escola Nacional de Geologia, conhecido como o pai do pré-sal. Após três meses depois de ingressar na Petrobrás, participou da descoberta do poço de Miranga, na Bahia. Anos mais tarde, em 2006, Estrella era gerente de Exploração da Petrobrás, insistiu na perfuração da camada pré-sal, uma mega reserva de petróleo brasileiro em águas profundas, nas bacias de Campos e Santos, situadas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, quando a estatal ameaçava suspender a pesquisa.

Sem a contribuição da Petrobrás para a formação de mão de obra qualificada e o trabalho desses profissionais, o Brasil não teria alcançado sua autossuficiência em petróleo.

Com informações Geologia UFC, COC, Click Macaé., Sigesp, Revista Pesquisa