P-66 tem surto de Covid-19 e gestão segue não tendo notas técnicas e ações eficazes para solucionar o problema

Surto

Desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou a pandemia, em março de 2020,  a gestão da UN-BS, atrelada a alta cúpula da Petrobrás, vem promovendo inúmeras lambanças para manter a produção das plataformas a todo vapor. O objetivo é lucrar nem que isso implique em “ceifar” algumas vidas. A cúpula  da Petrobrás tem demonstrado total despreparo e nenhuma vontade de “proteger” a força de trabalho contra a propagação do vírus da Covid-19 nas unidades de terra e mar.

A situação é grave e uma nova onda surtos nas plataformas e unidades operacionais está surgindo e, mais uma vez, a conduta segue sendo a mesma — ignorar o problema até que novos óbitos aconteçam. Dessa vez, a lambança é na P-66. No total 7 petroleiros testaram positivo e outros 4 estão com suspeita da doença. A situação, entre aspas, seria simples, se o bom e velho lema “lucro acima da vida” não fizesse parte do manual da chefia da P-66.

Na unidade, que já teve surtos da doença, estão usando critérios diferentes para contactantes do coronavírus conforme a conveniência dos gerentes da unidade.

Dessa vez, a ordem foi colocar contactantes de suspeitos com contactantes de casos positivos. Além disso, pessoas do mesmo camarote, mas de turno inverso, ficaram com contactante direto, sendo que na semana passada somente era contactante quem estava no mesmo turno. A coisa não para por aí. Os contactantes continuaram trabalhando sem qualquer restrição, mas na horta de desembarcar foram colocados em isolamento no flotel e usaram a mesma aeronave que os trabalhadores que estavam com suspeita da doença.

O detalhe que ninguém pensou ou se pensou, ignorou é que misturar tanta gente sem ter certeza de nada significa que a plataforma pode ter se tornado um grande foco da doença e que nesse momento as pessoas podem estar doentes pela simples falta de organização e planejamento. O que a gerência da P-66 esquece que essa conduta, e tantas outras como essas, são como uma roleta russa já que a Covid-19 é uma doença com um alto índice de letalidade mesmo com a vacinação.   

E o pior não existe Norma Técnica para a situação! A regra na plataforma é que não existe regra. Parece piada de mau gosto, mas não é. Essa é a realidade dos embarcados do Litoral Paulista que desde 2020 estão sofrendo com o descaso da gestão da empresa.

O Sindipetro-LP está em contato com a gerência das plataformas e aguarda uma solução eficaz e definitiva diante da situação desses trabalhadores que estão adoecendo para a empresa manter os lucros exorbitantes que tem ido para os bolsos dos acionistas. A passividade da gerência deve ser respondida com indignação e luta. Não dá para aceitar adoecimento força de trabalho assim como não da para aceitar a falta de reposição das perdas do ACT e a privatização de qualquer unidade do Sistema Petrobrás Petrobrás. A indignação deve estar em todas as instâncias!  Chega de exploração e adoecimento da força de trabalho.