Com greve na RPBC, diretoria se divide para atender demandas de outras bases durante toda semana

Semana de 25 a 29 de julho

A semana da categoria petroleira do Litoral Paulista começou com greve dos petroleiros dos grupos de turno da RPBC e UTE Euzébio Rocha, contra a implantação de turno 3X2. Apesar dos avisos da categoria de que faria a mobilização, as gerências da unidade pagaram pra ver e impuseram nesta segunda (25) a tabela 3x2. Dessa vez, ao invés de paralisar a produção, a greve começou de forma diferente, com todos os trabalhadores entrando na unidade no horário para fazer a escala 6x4.  No entanto, o que se viu na entrada do grupo 1 foi diferente do que já houve nos movimentos do LP. O grupo 1 chegou a entrar na refinaria, mas foi impedido de trabalhar pela gerência que cortou a rendição dos trabalhadores, provocando o primeiro caso de “lockout” (paralisação por iniciativa do empregador) na RPBC que se tem conhecimento.

A diretoria participou ainda de reunião de investigação de acidente na P-70 e esteve dialogando com os petroleiros do Terminal Alemoa, em Santos.

À tarde, na entrada do grupo 5 na refinaria, às 15h, a catraca foi bloqueada pela empresa e a noite, na entrada das 23h os portões estavam trancados com correntes e cadeados. Saiba mais no link: https://tinyurl.com/2u2ntzxk.

Na terça-feira (26), pela manhã, os grupos de turno da refinaria tentaram assumir seus postos pela escala 6x4, mas a determinação na refinaria era de que não entrassem sem que assinassem um termo declarando que aceitavam trabalhar pela tabela 3x2. Sem o aceite, mais uma vez foram todos barrados.

Mesmo com o movimento grevista na RPBC/UTE-EZR (CBT), o trabalho de base da Diretoria do Sindipetro seguiu forte nas demais unidades. A diretoria esteve também de manhã conversando com os trabalhadores do G4 do Terminal da Alemoa, em Santos, e do G4 do Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião. Em discussão, o ACT da categoria recheado de ataques e retrocessos. No aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde os dirigentes atuam semanalmente, o diretor Marcelo Lima foi o voluntário da vez para conversar e anotar demandas dos petroleiros das plataformas de Mexilhão, Merluza, P-66, P-67, P68, P-69 e P-70.

A diretoria esteve ainda reunida com os demais sindicatos da FNP para tratar de assuntos relacionados ao ACT, greve na RPBC, dentre outros assuntos. 

Na quarta-feira (27) foi realizada a reunião mensal com aposentados e pensionistas na subsede, em São Sebastião, para esclarecer dúvidas sobre a AMS e discutir sobre a proposta de acordo coletivo da empresa. Os aposentados e pensionistas são um grande alvo dos ataques por parte da gestão da Petrobrás que quer acabar de vez com a AMS retirando do ACT além de oferecer um reajuste pífio.

No terceiro dia de greve, os petroleiros do turno da RPBC e UTE Euzébio Rocha do grupo 2 foram também barrados na entrada da refinaria. A escala do grupo pela tabela 6x4 coincidia com a 3x2, implantada pela empresa, à revelia da vontade da categoria. No entanto, a empresa barrou mais uma vez a entrada dos trabalhadores, alegando que para entrar, todos com nome na lista teriam que assinar uma declaração de que aceitam a tabela 3x2. A imposição foi rechaçada por todos os presentes.

A diretoria esteve presente também em outras bases do Litoral Paulista. Logo pela manhã os petroleiros da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, e do Terminal da Alemoa, em Santos, receberam informes sobre as negociações do ACT e estratégias de defesa da Petrobrás.

Enquanto a greve seguia com os trabalhadores mobilizados, a diretoria do Sindipetro-LP participava da audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho. Com declarações mentirosas, os gestores da Petrobrás mentiram descaradamente na audiência, dizendo que não estava impedindo a entrada na refinaria e UTE. Felizmente, toda a greve foi bem documentada e as provas de que estão emitidas estão comprovadas nos autos.

Demonstrando que sua intenção nunca foi dialogar, a empresa - apostando alto no enfraquecimento da greve - ignorou a proposta de conciliação feita pelo Sindicato em fornecer 100% do contingente trabalhando no regime de turno de 6x4 e contrapôs o que já foi rejeitado em assembleia que é a implantação da tabela de turno 3x2.

À tarde, a diretoria se reuniu com os petroleiros do turno na barraca, em frente ao CAD, para falar sobre o resultado da audiência com a Petrobrás (saiba mais aqui). Após os informes, o grupo 1 tentou entrar na refinaria, mas foi mais uma vez impedido pela gerência.

Apesar da decepção em não haver avanço na audiência de conciliação, a notícia que todos esperavam chegou no final da tarde. Depois de muita pressão por parte dos trabalhadores e trabalhadoras e do empenho dos dirigentes do Sindipetro-LP, o regime de turno 3x2, imposto pela gestão da RPBC/UTE-EZR, chegou ao fim.

A diretoria segurou a notícia até às 23h, quando voltou para a refinaria para conduzir o grupo 5 para dentro da unidade. Os trabalhadores comemoraram a vitória, que de forma inesperada deu fim a greve, reestabelecendo a escala 6x4 e acabando com a truculência da gerência. O desfecho positivo se deu graças a uma tutela provisória de urgência assinada pelo Ministro Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Emanuel Pereira, que obrigou a gestão da unidade a suspender o regime de turno 3x2. Na mesma decisão, o Sindipetro também encerrou o movimento grevista. O magistrado ainda estabeleceu que em caso de descumprimento uma multa diária de R$ 100 mil. Saiba mais acessando o link https://tinyurl.com/nnpzwmj2

Vitória da categoria, que bravamente lutou contra a arbitrariedade dos gestores da refinaria e garantiu na luta uma escala menos lesiva para os trabalhadores!

Na quinta-feira (28), a diretoria esteve também na entrada do grupo de turno às 7h, para dar a boa notícia da liminar que favoreceu a luta dos petroleiros e acompanha-los ao retorno do turno. A diretoria colegiada fez diligencia também no Terminal de Pilões na manhã desta.

A quinta foi dia da reunião mensal com aposentados e pensionistas, na sede em Santos. Em pauta, proposta de ACT da empresa, Petros, AMS e assuntos ligados à categoria. Vale destacar que as reuniões fazem parte da agenda fixa de atividades do DAP. Os encontros acontecem na subsede, em São Sebastião, toda última quarta-feira de cada mês, às 15h, e na sede, em Santos, toda última quinta-feira de cada mês, às 10h.

A agenda teve ainda reunião de Comunicação da FNP; com o fórum em defesa dos participantes da Petros/AMS; e na APEOESP, para organização dos movimentos sindicais.

Nesta sexta-feira (29)a diretoria esteve no Terminal de Alemoa, com o G 2, para falar sobre os rumos do ACT, preparando a categoria para o embate que está por vir com a empresa, que tem apresentado propostas rebaixadas e promovendo a retirada de direitos.

A diretoria irá participar ainda de reunião com RH da UTGCA e fará reunião com os liberadas da sede e subsede.

Seguimos na luta!