Diretoria do Sindipetro-LP inicia agenda de mobilizações para tratar de ACT e privatização do Sistema Petrobrás

Só com luta

A Diretoria do Sindipetro-LP deu início nesta semana a uma rodada de mobilizações. No decorrer dos dias (veja abaixo) serão realizadas em todas as nossas unidades do Litoral Paulista paralisações visando preparar a categoria para um calendário de lutas nacional e unificado com os 17 sindipetros. O movimento, que acontece entre os dias 5 a 25 de agosto (veja abaixo), servirá para pressionar a gestão da empresa a apresentar uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho decente e que vá ao encontro com as necessidades da categoria. 

O que a gestão da empresa “colocou em mesa”, por duas vezes, é tão ruim que todas as bases petroleiras do país decidiram por meio de assembleias rejeitar e aprovar estado de greve.

A cada negociação e aprovações de novo Acordo Coletivo de trabalho, a empresa descaradamente tenta enganar os trabalhadores, propondo redução de direitos, que são negados pela categoria, e posteriormente voltam como nova proposta, com mais ataques e com diferenças mínimas da proposta anterior, não mostrando nenhum reconhecimento da importância dos petroleiros para a economia e desenvolvimento do país. Mais uma vez, nas negociações deste ano, os petroleiros estão sendo desrespeitados. Atrelado a isso, a privatização de todo sistema, às vésperas de uma eleição presidencial, segue em curso com foco nas refinarias.

A ausência de mesa única nas negociações não pode  ser maior que a categoria e não pode, em hipótese nenhuma, impedir a construção de uma campanha reivindicatória bem sucedida. Esta é a única saída para um ACT vitorioso, com avanço nas cláusulas sociais e na AMS,  ganho real e reposição das perdas salariais - nossas principais bandeiras de luta.  O alto escalão tem que oferecer um salário digno e compatível ao praticado no ramo petrolífero mundial. Todos sabemos que dinheiro não falta já que os acionistas da Petrobrás receberam no primeiro semestre deste ano a “bagatela” de R$ 136,3 bilhões em dividendos. Se o valor pago o segundo trimestre fosse dividido entre todos os 49 mil trabalhadores do sistema, sem contar aposentados e pensionistas, daria R$ 1.791.836,734693878 para cada petroleiro da Petrobrás.

Não há outra saída a não ser irmos para uma forte greve da categoria. Considerando o estado de greve, a proposta desrespeitosa da empresa e o quadro nacional de rejeição, já que a FUP também rejeitou a proposta. Já estamos no segundo mês de campanha, e o descaso da empresa continua. Uma greve nacional unificada será a melhor afronta à Petrobrás.

Calendário de mobilizações Litoral Paulista
01/08 -  ALEMOA - turno/adm.
02/08 - Tebar - turno/adm.
03/08 - UTGCA - turno/adm
04/08 - Piloes - turno/adm
04/08 - Valongo no horário de almoço
05/08 - RPBC/UTE - turno/adm  ATO NACIONAL FNP/FUP

Calendário de lutas nacionais FNP/FUP
05/08 - RPBC/UTE
11/08 - REPLAN
12/08 - EDISEN
16/08 - REPAR
17/08 - SIX
19/08 - REFAP
23/08 - REVAP
24/08 - REDUC
25/08 - Norte Fluminense