Federação Nacional dos Petroleiros indica rejeição da nova proposta de ACT e desmascara discurso do RH

Campanha Salarial

Apesar de conter alguns avanços, como a manutenção do pagamento do adicional da mestra nacional para o CNCL, a proposta não atende a contraproposta da categoria e mantém ataques. Confira:

1. GARANTIA DE EMPREGO – A empresa manteve a retirada do parágrafo 4º da cláusula 42, que vedava a dispensa sem justa causa. A inclusão da gestão de portfólio no acordo da PBio foi a única mudança significativa. As alterações redacionais não entram no tema da garantia de emprego e o discurso de que a empresa atendeu o pleito da categoria é falacioso. Do jeito que estão propondo o ACT e com o risco do STF normalizar a demissão imotivada em estatais, a grandíssima maioria da categoria estaria sob risco real de demissão! A nossa luta é pela manutenção do parágrafo 4º para a Petrobrás e subsidiárias!

2. POSSIBILIDADE DE JORNADA 1x1 está mantida – A empresa retirou da cláusula a menção direta ao turno 1x1 para jornada de 12 horas em terra, porém, manteve essa possibilidade na minuta do acordo. Com isso, o debate sobre a aplicação dessa jornada será feito regionalmente, o que enfraquece a categoria. Queremos a exclusão do aumento da jornada no turno de 12 horas para prédios administrativos e áreas não industriais! Não aceitamos aumento da jornada sem aumento de salário!

3. AMS – A Federação Nacional dos Petroleiros luta pelo retorno ao patamar histórico da relação de custeio 70x30, pelo fim da 13ª contribuição em novembro, pelo fim do reajuste do VCMH em março e pela margem consignável definitiva em 13%! Além disso, lutamos pela reconstrução da AMS, que vai de mal a pior desde que a APS assumiu sua gestão. Não acreditamos em Grupo de Trabalho com representantes desse governo!

4. TRABALHADORES OFFSHORE - a proposta exclui as plataformas de Búzios, da Bacia de Santos e de quase todo o país do acordo que pactua o dia do desembarque, o auxílio deslocamento e o turno da manutenção. É uma inexplicável falta de isonomia entre os trabalhadores embarcados. Isonomia já!

5. TELETRABALHO, HORAS (IN)DEVIDAS - além de se recusar a incluir no acordo coletivo de trabalho o regramento do teletrabalho, a mesquinharia é tanta que ignoraram o pleito sobre a compensação das horas dos feriados. A demanda dos milhares de trabalhadores, especialmente os do administrativo em teletrabalho, praticamente impossibilitados de cumprir o previsto na proposta para não serem descontados, sequer foi considerada na negociata RH-FUP.

6. ATAQUE À FNP - neste ponto, uma explícita parceria FUP-RH, para atacar a FNP. A quem interessa solapar a representação de maior parte da categoria? Na proposta apresentada alguns dias antes, as liberações de dirigentes sindicais eram 9 para cada Federação. Agora, inexplicavelmente, foi alterada para 16 liberações para a FUP e 5 para a FNP.  A FNP se recusou a indicar a aceitação desta proposta em troca de aumento do número das nossas liberações, conforme posteriormente proposto pelo RH, já que não havia avanço em nenhum outro ponto. É o preço que pagaremos por não barganhar direitos dos trabalhadores - e seguiremos assim, com muito orgulho.

Fonte: FNP