FNP se reúne com a Petrobrás para discutir regramento para o pagamento da Participação nos Lucros (PLR)

Começa hoje (17)

Começa nesta quinta-feira (17) a negociação do regramento para o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) 2023. A reunião entre Petrobrás e FNP está marcada para as 13h30.

A FNP e seus sindicatos defendem uma PLR real, que seja calculada com base nos lucros da empresa e com distribuição proporcional entre os trabalhadores.  Não vamos aceitar migalhas!

Afinal, o atual cenário é de lucros recordes e antecipação de dividendos aos acionistas. Então, não faz sentido que os trabalhadores não recebam a sua parte.

Vamos à mesa de negociação para defender uma PLR calculada com base nos lucros da empresa e com distribuição proporcional entre os trabalhadores.

Lucros e dividendos recordes
A negociação se dará num cenário em que a companhia está com os lucros em alta, devido à elevação política do PPI (Preço de Paridade de Importação). De julho a setembro, a Petrobrás lucrou R$ 46,1 bilhões – alta de 48% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Desde o início do ano, são R$ 144 bilhões em lucros – valor que supera o lucro recorde de R$ 106 bilhões obtido durante todo o ano passado por conta dos altos preços dos combustíveis vendidos pela estatal à população brasileira. Também cresceu consideravelmente o valor dos dividendos pagos aos seus acionistas.

Segundo um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de 1995 a 2018, a Petrobrás distribuiu a seus investidores, em média, 30% dos seus ganhos anuais.

Mas, sob Bolsonaro isso mudou: a empresa aprofundou sua busca pelo lucro vendendo combustível no Brasil a preços internacionais e ainda passou a destinar esse ganho quase que diretamente a acionistas. Em 2020, por exemplo, a empresa lucrou R$ 7,1 bilhões. Distribuiu a investidores R$ 10,3 bilhões – ou seja, 145% do ganho anual.

Uma situação tão atípica que o ex-diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, foi à Justiça solicitar o bloqueio de R$ 43,7 bilhões de dividendos que seriam pagos antecipadamente. A ação pede, entre outras coisas, que sejam explicados os motivos para a distribuição de dividendos “tão díspar” em comparação com outras grandes empresas do segmento.

Fonte: Sindipetro SJC