FNP se reúne nesta sexta-feira (27) com o novo presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, e pedirá o fim do PPI

Pauta

Nesta sexta-feira (27), os diretores da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) vão se encontrar com o novo presidente da Petrobrás, a partir das 16h30. A ideia é apresentar as pautas da categoria petroleira e, sobretudo, cobrar algumas promessas de campanha, como o fim da política de paridade de importação (PPI). A FUP se reunirá às 15h.

O nome de Prates foi aprovado por unanimidade, ontem (26), pelo Conselho de Administração da Petrobrás para presidir da estatal. O agora ex-senador foi indicado pelo Governo Federal para o cargo.

Nesta tarde, a FNP vai levar a Prates estudos realizados pelo Observatório Social do Petróleo (OSP), que apontam ser possível vender combustíveis no Brasil a preços mais acessíveis, a partir da desvinculação da cotação internacional, já divulgado pela Federação anteriormente, considerando os custos de produção nacional de petróleo e de refino.

De acordo com Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiros de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), a Petrobrás tem uma estrutura de custos que permite vender os combustíveis a preços mais baratos do que os atuais valores internacionais. “Produzimos no Brasil a maior parte do petróleo e combustível que consumimos e o custo dessa produção não sofreu mudanças nos últimos anos, à exceção do que se paga de participações governamentais, cujos valores variam junto ao preço do Brent", afirmou o economista à imprensa nacional.

Desde a gestão de Pedro Parente, em 2016, mantida pelos dois últimos governos, o preço dos combustíveis no Brasil é estabelecido pela simulação do custo de importação.

Para Dantas é urgente que o governo tome medidas em relação à atual política de preços. Segundo ele, “a isenção de impostos federais dos combustíveis termina no final de fevereiro e o cenário poderá ficar mais complicado no mercado internacional nos próximos meses, quando também serão iniciadas as sanções ao petróleo russo”, explica.

"A União Europeia anunciou restrições à importação de diesel russo e estão acontecendo paradas programadas para manutenção de refinarias nos Estados Unidos, que são a principal alternativa para o fornecimento de diesel aos países da Europa Ocidental, situação que deverá elevar ainda mais o preço dos combustíveis", alerta o economista.

Por isso, a direção da FNP pretende debater com o novo presidente da Petrobrás o fim das privatizações, demandas do setor de óleo e gás e também dos trabalhadores, ativos e aposentados, próprios e terceirizados da estatal.

"A FNP defende uma Petrobrás forte, integrada e motriz de um país desenvolvido e soberano, para que, por exemplo, o conhecimento técnico e prático do mercado de biocombustíveis e renováveis, aprimorado na Pbio, permaneça na companhia, para que o País possa usufruir dessa expertise em seus atuais e futuros investimentos de baixo carbono", destaca o diretor da FNP e do Sindipetro-RJ, ressalta Eduardo Henrique da Costa.

Fonte: FNP