FNP entrega cartilha sobre transição energética ao novo presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates

Importante contribuição

Preocupada com a exploração predatória de petróleo e gás e com a crise climática, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), em reunião com Jean Paul Prates, novo presidente da Petrobrás, entregou uma cartilha que representa uma importante contribuição para a compreensão dos impactos que a exploração predatória de petróleo e gás natural causa e a importância de se posicionar contra seu avanço.

Infelizmente, durante o governo Bolsonaro, a gestão da empresa optou por não investir em energias renováveis, na contramão do cenário mundial. A visão bolsonarista limitou a estatal a atuar basicamente na área de óleo e gás, ao invés de diversificar o portfólio. Inclusive, tentou vender empresas importantes na área como a Petrobrás Biocombustível (PBio).

Posicionamento que fez o governo brasileiro jogar fora a estratégia então assumida de diversificar a atuação na empresa, focar no biodiesel, menos poluente, e de fazer do Brasil exemplo de economia verde.

De lá para cá, como se sabe, não nos tornamos exemplo para o mundo nem de economia, quem dirá de "verde". Até nos tornamos exemplo, mas do que não deve ser feito.

A cartilha parte da compreensão de que o setor energético tem um papel essencial, mas que a discussão deve ser ampliada para diversos setores da sociedade. Para tal, formou-se um grupo de trabalho dedicado a pensar a transição energética justa, seus princípios norteadores e os caminhos possíveis, que deu origem a cartilha: Transição Energética Justa do Petróleo”.

Dentre os grupos que compuseram o estudo, estão: Instituto Internacional Arayara, que atua há 30 anos promovendo mudanças sociais por meio da educação ambiental e ativismo político na busca pelo uso mais eficiente das matrizes energéticas e do amplo direito à terra em todas as regiões do Brasil; Liga pela Universalização da Participação em Políticas Públicas Ambientais (LUPPA), uma iniciativa de estudantes da UFRJ, que desde 2019 produz conteúdos, divulga amplamente agenda ambiental, bem como o que está sendo posto em pauta, buscando fortalecer os espaços democráticos de decisão e facilitar a atuação da população; O Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, um órgão de integração destinado à pesquisa e discussão, de forma abrangente e interdisciplinar, das questões fundamentais da ciência e da cultura; e por fim, o Sindipetro-RJ, filiado à FNP.

Nesse sentido, o plano de negócios da Petrobrás precisa ser revisto e incluir investimentos em fontes renováveis de energia e no aumento da capacidade de refino.

A FNP defende que só uma gestão estatal da Petrobrás terá condições de seguir produzindo petróleo, pensando numa transição energética justa e preocupada com o meio ambiente.

Conheça a cartilha!

Fonte: FNP