Gestão de RH e da RPBC tentam, mais uma vez, impor mudança no regime de trabalho na parada de manutenção

A história se repete

Mais uma vez a gestão da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, e do RH da Petrobrás tentam impor mudança no regime de trabalho dos petroleiros que irão participar da parada de manutenção. A história é velha conhecida da força de trabalho já que desde 2021 os ataques se repetem.  A gestão da unidade quer mudar o Total de Hora Mensal (THM) de 168 horas para o regime do administrativo que é de 200 horas mensal. Com isso, as horas extras feitas na parada de manutenção não são pagas.

A medida é um desrespeito com os trabalhadores, pois vai contra o acordo coletivo vigente, que determina que qualquer mudança de regime de trabalho deve ser negociada com a entidade representativa e deliberada pela categoria, o que não está ocorrendo.

O setor corporativo, que parece querer mostrar serviço, também continua afrontando a vontade dos trabalhadores. A intransigência da empresa não tem razão de ser, a não ser por uma demonstração de forças entre gestores e petroleiros.

Os mandatários não fazem valer o que foi acordado em 2021 e esqueceram da greve deflagrada em 2022 que aconteceu pelo mesmo motivo. Foram três dias de uma mobilização forte, com grande adesão da categoria e que demonstrou a união e disposição de luta. O resultado positivo veio graças à tradição de luta dos petroleiros do Litoral Paulista que não fogem dos embates frente aos ataques por parte da gestão da empresa. E dessa vez não será diferente.

A Diretoria do Sindicato está seguindo os ritos burocráticos e tem sentado à mesa de negociação com os representantes do RH, mas todos os argumentos têm sido em vão. Diante disso, irá promover nos dias 24 e 27 de fevereiro, às 16h, e no dia 1º de março, às 18h, setoriais para tratar sobre a parada de manutenção. Os encontros acontecem na sede do Sindicato, em Santos, localizada à Av. Conselheiro Nébias, 248. 

O próximo passo serão as assembleias para deliberar o movimento paredista. O recado foi dado, todas as tratativas e boa vontade negocial foram colocadas sobre a mesa, mas a gestão da Petrobrás quer ir para o embate e nós não fugiremos à luta! Seguimos todo rito burocrático para iniciarmos o movimento paredista e atendendo a decisão da categoria em assembleias, agora é greve!

Pela intransigência da atual diretoria de RH e gerência da RPBC, que somente negocia com o sindicato quando é obrigado, pela manutenção dos direitos dos trabalhadores, vamos à luta!